quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O que é a translucência nucal?

Translucência nucal é um ultrassom de rotina, feito no primeiro trimestre da gravidez. Seu principal objetivo é ajudar a detectar o risco de síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, além de problemas cardíacos, mas, na enorme maioria dos casos, como o resultado é normal, ele é na verdade uma ótima oportunidade de você ver seu bebezinho.

Ainda será cedo para detectar com certeza o sexo do bebê só pela imagem, embora ultrassonografistas experientes arrisquem dar um palpite, com precisão máxima de 80%.

Se for seu primeiro ultrassom, ele servirá também para confirmar o tempo de gravidez.

O objetivo principal da translucência nucal -- também chamado de ultrassom morfológico do primeiro trimestre -- é medir um espaço específico na nuca do bebê, entre 11 e 14 semanas de gravidez. A partir de 14 semanas, não dá mais para fazer o exame, porque o espaço deixa de ser transparente na imagem do ultrassom.

Bebês que tenham alguma anomalia tendem a acumular mais líquido nessa região da nuca, por isso uma medida acima da média normal é considerada um possível indicador de algum problema.

Durante o mesmo exame, também se verifica a presença do osso nasal. A ausência desse osso pode ser mais um indicador de uma anormalidade.

Às vezes, o resultado da medida da translucência nucal é combinado com o resultado de um exame de sangue feito na mãe, gerando uma avaliação do risco da presença de alguma síndrome cromossômica. O exame pode até ser colhido logo depois do ultrassom, se houver algum indício de problema.

Com base no resultado da translucência nucal, na presença ou não do osso nasal e na idade da mãe, o médico pode sugerir a realização de algum outro exame, como o diagnóstico pré-natal não-invasivo (feito pelo exame de sangue), biópsia do vilo corial ou a amniocentese, a fim de confirmar ou descartar uma eventual suspeita.

Se o bebê tiver síndrome de Down, dá para ver na translucência nucal?

O exame de translucência nucal não é um diagnóstico. Ele apenas dá indicações da possibilidade da presença de alguma síndrome ou malformação. Se a medida da dobra da nuca estiver acima da média, pode ser que o bebê tenha alguma anomalia, mas também pode ser que não.

Por outro lado, há bebês que têm síndrome ou malformações, mas a translucência nucal dá normal.

Em resumo: se a translucência nucal for normal, você tem bons motivos para se tranquilizar. Se der acima da média, é claro que você vai ficar preocupada, mas tente segurar a ansiedade até ter mais informações. Pode ser que não seja nada, e que se trate apenas de um falso positivo.

O médico vai aconselhar você e fazer os exames seguintes com todo o cuidado para verificar qualquer possibilidade de anomalia e tomar as providências para que o bebê tenha o acompanhamento necessário.

Qual a semana ideal para fazer a translucência nucal?

Se você fizer o exame o quanto antes, próximo das 11 semanas, terá mais tempo de fazer uma biópsia do vilo corial (que pode ser feita até 14 semanas) para ter uma resposta definitiva, em caso de suspeita de anormalidade.

Por outro lado, em termos médicos, 12 semanas completas é o momento ideal para o exame. E, para quem quer tentar adivinhar o sexo, quanto mais perto de 14 semanas melhor.

Meu resultado foi que a chance de meu bebê ser Down é de 1 em 200. O que isso significa?

O resultado costuma ser dado assim, em forma de probabilidade. Um risco de 1 em 200 significa que, de cada 200 mulheres que tenham um resultado igual ao seu, uma terá um bebê com síndrome de Down e 199 não. Quanto mais alto o segundo número, menor o risco. Um risco de 1 em 30 é muito maior que um risco de 1 em 4.000.

Outra possibilidade é o resultado ser apenas considerado normal ou anormal. Lembre-se de que o exame indica apenas uma possibilidade, e não é um diagnóstico.

(Em alguns casos, a medida da translucência nucal fica acima do percentil 99, e isso indica risco para cardiopatias congênitas, ou seja, defeitos no coração. Nesse caso, a mãe é submetida a um ultrassom especial, o ecocardiograma fetal, especialmente para monitorar o coração do bebê.)

Algumas semanas depois, no ultrassom morfológico,entre 18 e 20 semanas, será possível ter informações mais detalhadas, como o sexo do bebê. Em caso de haver alguma anormalidade, o morfológico tem boas chances de detectá-las

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