terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Botulismo

Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum e seus esporos são encontrados em solos e sedimentos de lagos e mares, além de produtos agrícolas, como legumes, vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos.
Há três formas de botulismo:
1-          botulismo alimentar,
2-          botulismo por ferimentos e
3-          botulismo intestinal.
Embora o local de produção da toxina botulínica seja diferente em cada uma delas, todas as formas caracterizam-se pelas manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais.
O botulismo apresenta elevada letalidade e deve ser considerada uma emergência médica e de saúde pública.
Para minimizar o risco de morte e seqüelas, é essencial que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o tratamento seja instituído precocemente através das medidas gerais de suporte em regime de urgência.
O período de incubação é de algumas horas quando ingerida a toxina e alguns dias pelo contato em ferimentos. Os sintomas iniciais são de náuseas, vômitos, cefaléia e rápidamente evoluem com paralisia e alterações visuais.
O tratamento se dá com medidas de suporte e sintomáticas, e aplicação de soro antibotulínico. Deve ser iniciado o mais precocemente possível.
Doença de distribuição universal, relacionada ao uso de produtos alimentícios preparados ou conservados por métodos que não destroem os esporos do C. botulinum, permitindo a formação de toxinas. No Brasil, os alimentos envolvidos em casos/surtos foram conservas caseiras de carne suína (“carne de lata”), palmito (caseiro/industrializado), patê (caseiro e industrializado), tortas salgadas comerciais e tofu (caseiro). Não se conhece a distribuição real do botulismo intestinal em crianças menores de um ano de idade, por ser entidade pouco reconhecida pelos médicos.

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