segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Desfile de moda inclusiva apresenta modelos com deficiência em SC

No final do evento, ator Kadu Moliterno desfilou com todos os modelos (Foto: Valéria Martins/G1)No final do evento, ator Kadu Moliterno desfilou com todos os modelos (Foto: Valéria Martins/G1)

Evento foi na Lagoa da Conceição e teve Kadu Moliterno como padrinho.
"É gratificante mostrar que temos nossa beleza", diz modelo do nanismo.

Um desfile de moda inclusiva em Florianópolis movimentou a Lagoa da Conceição no último final de semana. O evento teve como modelos apenas pessoas com deficiência moradoras da Grande Florianópolis.

"A finalidade do projeto 'Vem Inclusão' é apresentar o potencial e a beleza das pessoas com deficiência", explicou Karina Carvalho, produtora da iniciativa apadrinhada pelo ator Kadu Moliterno. Modelos surdos, representantes do nanismo, pessoas com dificuldades de locomoção, com síndrome de Down e deficientes visuais desfilaram em um tapete vermelho coberto com pétalas de rosas, no último sábado (6).
Ator conversou com cadeirantes que assistiram o desfile (Foto: Valéria Martins/G1)Ator conversou com cadeirantes que assistiram o
desfile (Foto: Valéria Martins/G1)
Emoção de ser padrinho
As duas modelos cegas entraram na passarela acompanhadas de Kadu Moliterno. "Fui convidado há 1 ano para participar do projeto e topei na hora", declarou o ator, que ficou na capital catarinense por quatro dias para participar do desfile e da final do Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva.

"Não tenho deficientes na família, mas acho que é importante participar pela solidariedade, sem pensar em si mesmo e pensando mais no próximo", afirmou Kadu. Segundo ele, participar do evento é gratificante. "Eu sempre me emociono. As pessoas não dão valor", disse Moliterno, interrompido pelas próprias lágrimas.
Moradora da Grande Florianópolis desfila representando o nanismo em todo o país (Foto: Valéria Martins/G1)Moradora da Grande Florianópolis desfila em todo
país representando o nanismo
(Foto: Valéria Martins/G1)
"Mostrar a nossa beleza"
A servidora pública Liana Hones, de 25 anos, representa o nanismo nos desfiles realizados pelo país. Ela conta que entrou no projeto por acaso. "Eu trabalhei em um dos eventos e fui convidada a desfilar. Abracei a causa. Não gosto de estar parada. É gratificante mostrar que apesar das limitações temos sim nossa beleza", afirmou a modelo.

A modelo surda Emanuelle Schmitt integra uma agência de modelos de Florianópolis e costuma  participar de eventos inclusivos, mas essa foi a primeira vez em um local aberto. "É a 1ª vez à beira-mar, causou muita emoção", afirmou a modelo surda Emanuelle Schmitt, através do intérprete de Libras do evento.
Após os desfiles, a cantora deficiente visual Marjory Porto encerrou o evento, realizado no estacionamento de um restaurante tradicional na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição.
Modelos se arrumaram para o desfile embaixo das árvores (Foto: Valéria Martins/G1)Modelos se arrumaram para o desfile embaixo das árvores (Foto: Valéria Martins/G1)

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