quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que um homem com Síndrome de Down quer que você entenda


Ontem, eu aprendi um pouco sobre um homem com síndrome de Down chamado Stephen e sua mãe, que queria que ele nunca tivesse nascido. Eu não sei muito, exceto que eu li de um artigo do tablóide escrito por sua mãe. Quando Stephen era muito jovem, cerca de 3 anos de idade, ele gritou no meio da noite, um monte. Ele chorou por muitas horas por causa de ... dor? Confusão? O artigo não dizer - não era a história dele, que era de sua mãe, assim que soubemos que ela também descobriu que tempo para ser dolorosa e até mesmo, em seu desespero, considerou matar Stephen como uma solução.
Depois disso, Stephen passou vários anos em uma instituição. Mais tarde, como um adulto, mas ainda enfrenta problemas de comunicação graves, ele foi levado em um avião, onde ele se recusou sentar-se no banco e colocar o cinto de segurança. Eu me pergunto se que o cinto de segurança nesta situação estranha lembrou de um dispositivo de retenção de seu passado. Mais uma vez, a história dele não foi divulgado, apenas profunda humilhação de sua mãe sobre o episódio.
Para mim, o artigo completo era difícil de ler; alguns comentadores elogiaram a mãe de Stephen por sua honestidade em sua confissão que ela desejava que ele nunca tivesse nascido, ou mesmo que ela deveria tê-lo deixado morrer como uma criança.Outro blogueiro e mãe, Walkersvillemom  , detalhou o artigo e afirmou que como um advogado, compartilhando histórias e suas verdades é importante, mesmo para aqueles que não concordam ou quiser ver / ouvir em "Quando a verdade dói." 
Essa é a coisa sobre a verdade - que pode ser diferente para pessoas diferentes. É maleável. E, como Hayley Goleniowska  observou, a verdade dessa mãe veio de uma época diferente  . Ainda assim, enquanto eu tentava filtrarem as intenções tanto do autor e da fonte de mídia, eu me preocupava com as possíveis conseqüências de tais palavras e pensamentos dolorosos, e como essas palavras afetar alguém que me interessa.
As palavras dessa mãe me distrair. Eu suspirei enquanto re-ler a notícia no meu celular e quebrou de conversa para interagir, em vez disso, no Twitter. Então, meu filho, Marcus, me perguntou: "O que está acontecendo?"
Eu suspirei de novo. "Oh, más notícias."
Muitas vezes, se eu digo: "Más notícias", ele responde com: "Qual é a má notícia, como?" Marcus não pode ler a notícia rastreamento na tela e limita suas interações do Twitter para imagens ou palavras que ele dita. Eu não quero dizer-lhe estes artigos, de mães que sentem que seus filhos, que parecem um pouco como ele, são "melhor" morto. Que existem pessoas que afirmam que as pessoas com síndrome de Down não são dignas da vida. Eu não quero dizer-lhe estas coisas.
Mas então ele me surpreendeu, já que ele tem antes e, sem dúvida, vai de novo, quando ele intuitivamente sabia mais sobre a situação do que eu compartilhei. Ele olhou por cima da mesa e disse, em seu caminho, "Maken entender."
"Maken entender" é a frase que aparece quando Marcus se esforça para conseguir alguém para entender uma palavra ou frase. Depois que ele se repete e temos repetido e há um impasse, ele vai levantar as mãos e dizer: "Maken entender!" É a sua abreviação para "Por que eu não posso fazer você entender?"
Mas, neste momento, não houve frustração (dele), nenhuma outra frase, nenhuma outra palavra. Então eu perguntei, "Maken entender o que?"
"O amor", disse ele.
Sim, amigos, a verdadeira história. Sua resposta para a situação. Não é.
Olhei para ele com espanto. É claro que ele está certo.
Eu estava com raiva para as palavras escolhidas e tanto para a intenção declarada e implícita do meio de comunicação, enquanto o meu coração se partiu por Stephen e todas as vezes que ele era incapaz de fazer-se entender. E, no entanto, o meu coração também sofre por sua mãe neste, sua tentativa de ser compreendido. Duas histórias separadas viveram juntos, mas tão longe do entendimento. Isso é dor.
Eu ainda quero desesperadamente o mundo a compreender que para as pessoas com síndrome de Down e suas famílias, histórias como a de Stephen e sua mãe não é a única história. Não é história de Marcus. Não é a nossa verdade. Então, vamos dizer mais uma vez, desejamos isso, e vai continuar a tentar maken o mundo compreender... o amor. Há espaço para esse amor, não há espaço para a aprendizagem, não há espaço para o ensino, no final, que é o que Marcus e eu quero que você entenda.

Menina de 5 anos com autismo tem quadro impressionista leiloado por 15.000 euros. Conheça a pequena Monet!

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Na primeira vez que escrevemos aqui no Reab.me sobre a talentosíssima Íris Halmshaw ela tinha 3 anos. Não falava, mas pintava com a força de expressão de mais de 10.000 palavras. Quadros belíssimos cuja renda era revertida para os tratamentos de Reabilitação da menininha pintora e seus materiais de arte.
As incríveis obras de Íris que antes custeavam o básico para sua arte e reabilitação, hoje valem muito mais. Recentemente, a uma das obras da chamada de “mini Monet” superou  12 mil libras, mais de 15 mil euros em um leilão na internet. O quadro em questão é o ‘Thistledown’ que vocês veem abaixo:
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Incrível de tão lindo, não é mesmo? =)
Foi nas sessões de Fonoaudiologia que Íris começou a pintar. Quando a menina tinha 3 anos, os pais encorajaram “a pintura como prática durante a terapia da fala, de forma a estimular a atenção e a capacidade para alternar do diálogo”, como afirmou a mãe de Íris, Arabella Carter-Johnson. Ao longo do tempo, a incrível habilidade de “compreensão das cores e da harmonia entre elas” foi sendo percebida e cada mais incentivada em casa. O tempo de concentração da menina era algo que chamava atenção e os resultados sempre incríveis.
Em sua página na internet irisgracepainting.com é possível adquirir cartões postais, comprar réplicas das obras de Íris, calendários e ainda acompanhar o blog com as fotos dos bastidores da vida e da pequena. Uma delícia de ver e ler!!!
Com seu gatinho companheiro e sua capa de heroína, Íris continua a pintar e a desenvolver outras habilidades, como as musicais. Uma vida e um talento que chamam atenção e que nos deixa qualquer um surpreso. Viva a pequena Íris! Viva aos pais! Viva a Reabilitação e sua capacidade de ressignificar!! =)
Quer ver outros quadros da pequena Monet? clica aqui! 
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Dicas para uma viagem bem sucedida com o seu filho com deficiência

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Viajar é algo incrível. Renova as energias!! Mas que para seja uma experiência de fato agradável, exige certos cuidados e alguma organização. Estes já são pré-requisitos para qualquer viagem, inclusive uma viagem com filhos com e sem deficiência. Se você está pensando em viajar com seu filho com deficiência, preste atenção nestas dicas que podem bem úteis:
1. Tenha um bom mapa ou aplicativo em mãos
Planejar com antecedência onde vai, por onde e saber onde tudo está localizado pode tornar sua vida mais fácil durante sua viagem. Com um mapa ou usando um aplicativo tenha marcado locais onde vocês farão pausas ou poderão parar, em caso de necessidade. Obviamente, esta dica é especialmente importante para quem vai viajar de carro. Sabemos que em alguns casos essas pausas são necessárias para alimentação, higiene e descanso.
Organize-se para os locais de parada, seja na estrada ou já no local de destino. Inclua parques e outros locais públicos onde vocês possam descansar e se reorganizar.  Ah, sempre procure saber onde estão os banheiros mais próximos e lanchonetes que serão importantes para os suprimentos adicionais. =)
2. Lembre-se de trazer um ‘amigo’
A criação de um ambiente familiar para o seu filho pode ajudar a reduzir seus níveis de ansiedade durante a viagem. Leve objetos significativos e familiares, as almofadas preferidas, o cobertor ou o bichinho de pelúcia para ajudar seu filho a se sentir confortável. Uma dica é escrever o seu número de telefone ou e-mail com um marcador permanente sobre os itens, para o caso de perder ou esquecer os objetos. #DeusTeLivremassss….
3. Peça ajuda
Lembre-se que você também está de férias, então não tente fazer tudo sozinho. Se houver espaço e disponibilidade, tenha companhias para te ajudar, avós, babás ou amigos são super bem-vindos!! ;)
4. Tenha o essencial disponível
Você pode poupar um tempo precioso e estresse se conseguir organizar certas coisas antecipadamente. Lembre-se de embalar os medicamentos que seu filho toma diariamente, uma muda extra de roupas e um kit de primeiros socorros em um local separado e de fácil acesso para que você não perca tempo vasculhando a sua bagagem para encontrá-los quando necessário.
5. Não esqueça dos lanches
Fome é sinônimo de criança estressada, por isso verifique se você tem lanches disponíveis. Isto é especialmente válido quando a criança tem restrições alimentares e não pode comer certas coisas, como glúten por exemplo. Fique atento para a conservação da comida, pode ser necessário uma bolsa térmica. Ah, não esqueça de arrumar alguns pequenos sacos Ziploc e alguns recipientes de plástico para usar para as sobras de comida quando você não tiver onde parar e precisar comer ao longo do caminho.
6. Entretenimento é uma obrigação!
Manter a criança entretida é crucial durante a viagem para a paz de espírito dos pais e acompanhantes. Dependendo da idade e preferências do seu filho, a estratégia vai mudar, mas algumas ideias são livros de colorir ou DVDs.  Não esqueça dos carregadores ou adaptadores que manterão os dispositivos funcionando!
Resista à tentação de embalar jogos de tabuleiro, Legos e quebra-cabeças que têm pequenos pedaços e podem facilmente se perder nas fendas do carro ou do avião.
7. Tenha um plano B
É sempre uma boa idéia ter opções de entretenimento não só para a viagem de carro e avião, mas para os outros momentos. Além das sugestões acima, tenha com você ideias de brincadeiras e músicas.
8. Carregue um kit “guerreiro de estrada”
Este kit é composto de:
1. Lenços umedecidos para limpar as mãos e todos os “derramamentos” possíveis.
2. Protetores de assentos sanitários.
3. Um rolo de papel higiênico para banheiros públicos que eventualmente estejam sem papel.
4. Um super smartphone com lanterna (acho que ninguém mais usa lanterna! kk)
Esquecemos de algo?? Se você tem experiência no assunto, ajude nosso post a ficar ainda mais completo e compartilhe sua experiência comentando. Se não, boa viagem!!!

15 aeroportos que oferecem um “ensaio” do voo para pessoas com Autismo

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Atualmente, voar é comum, rotineiro, é quase como pegar um ônibus para aqueles que viajam com frequência. A experiência de voar nem sempre foi assim, lembram? Os preparativos para uma viagem de avião começavam bem antes “só” porque ia-se de avião. Até uma roupa mais bonita se pensava em usar! Outros tempos…
No entanto, nem para todo mundo, mesmo nos dias atuais, voar é algo tão comum. Para as crianças com autismo e outras necessidades especiais, põe exemplo, voar ainda é um evento, exige preparações e cuidados. A mudança na rotina, o ruído, os ambientes desconhecidos, as multidões, tudo contribui para uma experiência avassaladora e super estimulantes que pode causar alguns grandes incômodos.
Felizmente, há agora programas em vigor em muitos aeroportos do mundo que que fornecem às crianças com autismo uma experiência de vôo, sem sair do chão. Os participantes fazem as malas, andam para o aeroporto, passam pela segurança e continuam por todo o processo de vôo, incluindo embarque, “voar” e desembarque.
Este “ensaio geral” ajuda a preparar os indivíduos com autismo para voar. Quando chegar a hora do voo real as crianças com autismo vão saber o que esperar e o ambiente não será tão estranho assim para eles.
Aqui estão 15 aeroportos que atualmente oferecem um “ensaio” antes do voar:
1. Boston Logan International Airport
O aeroporto de Boston oferece o programa asas para o autismo, que estabelece um “ensaio geral”, a fim de ajudar as famílias a provar como será a sua experiência antes da viagem real. Este evento é realizado duas vezes por ano.
2. Seattle-Tacoma International Airport
O The Arc of King County, o Port of Seattle and a Alaska Airlines estão se unindo por mais evento “Asas para o Autismo”. O programa oferece às famílias a oportunidade de praticar o entrar no aeroporto, obter cartões de embarque, passar pela segurança e embarcar em um avião. Asas para o autismo é também um ensaio especialmente concebidos para pessoas com transtornos do espectro do autismo, seus familiares e profissionais da aviação.
3. Philadelphia International Airport
O Philadelphia International Airport (PHL) tem colaborado com especialistas em autismo para desenvolver um “Programa de Acesso ao Autismo”. Este programa oferece oportunidades para crianças com autismo e suas famílias também se familiarizarem com a viagem, e inclui histórias sociais e uma experiência de aeroporto simulado. Os membros da família com crianças com autismo e companhias aéreas interessadas em participar neste programa poderão contactar para obter mais informações no email: accessibility@phl.org.
4. Minneapolis – St. Paul International Airport
Em um esforço para aliviar a ansiedade associada a uma visita aeroporto e à voar, as instituições Metropolitan Airports Commission (MAC), Fraser and the Autism Society of Minnesota (AuSM) se uniram para criar o programa “Navegando com Autismo”.
O programa inclui eventos mensais, todos projetados especificamente para indivíduos com autismo, em que as famílias são guiadas através de uma visita de aeroporto até a porta do avião para encontrar seus lugares.
6. New York: Aeroporto Internacional JFK
Blue Horizons for Autism oferece às famílias a oportunidade de praticar cada parte da experiência do aeroporto, a fim de ajudar as pessoas com necessidades especiais a se ajustarem ao transporte aéreo. Tudo começa desde a hora de fazer o checkin, pegar os cartões de embarque com horários de partida e os números dos portões. Eles são, então, levado pela segurança e tem a opção de sentar-se em frente ao seu portão ou explorar o terminal. Uma vez que todos os passageiros já embarcaram no avião, o avião sai do portão e circunda o aeroporto antes de “pouso”, retornando de volta para o portão.
7. Newark International Airport
O Newark International Airport oferece um “Programa de Formação para Autismo”, que permite que as crianças com autismo a experimentem   um treinamento que permite que as crianças explorarem cada etapa do processo de viagem, que começa com o checkin e o recebimento do seu cartão de embarque.
8. Detroit Metro Airport
The Autism Alliance of Michigan fez uma parceria com os Wayne County Airport Authority e Delta Airlines na criação do programa “On-Board com autismo”.
O programa oferece um programa de simulação para as famílias e suas crianças com necessidades especiais a experiência, a fim de tornar mais confortável as viagens aéreas e os encontros sociais que fazem parte desse momento.
10. Atlanta: Hartsfield-Jackson International Airport
Através de uma colaboração entre a Emory University’s Autism Center, Hartsfield-Jackson e AirTran Airways, o Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson criou um programa que ainda está em sua “fase piloto” para tornar a experiência de voo mais agradável para pessoas com autismo e suas famílias.
11. Washington D.C. Dulles International Airport
No sábado, 1 de novembro, está chegando o “Asas para Todos” ao Aeroporto Internacional de Dulles. Ainda sem detalhes o programa visa, como os outros, uma experiência mais confortável na hora de voar.
12. Washington D.C. Ronald Reagan National Airport
Em 08 de novembro, o programa “Asas para o Autismo” está chegando no Washington D.C. Ronald Reagan National Airport, em parceria com a American Airlines.
13. Tulsa International Airport
Asas para o Autismo está agora em parceria com o Tulsa International Airport, Southwest Airlines, Transportation Security Administration, BlueStone National Resources e TARC.
14. Greensboro, North Carolina: Piedmont Triad International Airport
Em 25 de outubro, 0 Asas do Autismo está chegando ao Greensboro, em parceria com The Enrichment Center, Arc of High Point, a Autism Society of North Carolina e a Delta Airlines.
15. Manchester, New Hampshire Regional Airport
Asas para o autismo lançou seu programa no aeroporto de Boston em parceria com The Charles River Center, Southwest Airlines and the Transportation Security Administration.

Florianópolis terá Seminário de Educação Inclusiva

Capital terá Seminário de Educação Inclusiva Leopoldo Medeiros/Divulgação

Na próxima segunda-feira (03), às 9h, terá inicio o “Seminário de Educação Inclusiva: o direito à diferença na igualdade de direitos!” promovido pela Secretaria de Educação de Florianópolis em parceria com o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI).  O evento se estenderá até quinta-feira (06), no Hotel Cambirela, na Avenida Marinheiro Max Schram, 2199, Estreito.  

No primeiro dia haverá a conferência “A escola comum aberta as diferenças”, que será ministrada por Maria Terezinha dos Santos, consultora do Ministério da Educação – MEC. Na terça-feira (04), às 8h45, Jean Robert Poulin, da Université du Québec à Chicoutimi – Canadá, dará a palestra “Quando a escola permite a contribuição no contexto das diferenças”. Às 13h30 o tema será a “Deficiência e contemporaneidade” com Adriano Henrique Nuernberg, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Na quarta-feira (05), às 9h, o professor Paulino de Jesus Cardoso, coordenador do Núcleo de estudos afro-brasileiros, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, falará sobre as ações da Educação para as Relações Étnico Raciais em instituições de ensino. Às 13h30 acontecerá a palestra “Direito à educação e os desafios contemporâneos para a EJA no Brasil”, com Mauro Silva, Diretor de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do MEC. O evento será encerrado na quinta-feira (06) com a conferência “O direito à diferença na igualdade de direitos”. A ministrante será Rosângela Machado, gerente de Educação Inclusiva da SME.
Formando para integrar 
O seminário também contará com mesas de discussão e relatos de experiência sobre a diversidade étnico-racial, a África e os legados africanos na nossa cultura e sobre o que contem no universo.  O objetivo é promover a formação de gestores para a educação inclusiva.

Deverão participar do evento representantes da rede municipal de ensino de 35 municípios catarinenses, selecionados pelo MEC devido à proximidade com Florianópolis.  Um total de 14 instituições parceiras também estarão presentes, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Câmara Municipal de Florianópolis, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Ministério Público de Santa Catarina. 
 
Uma cidade de destaque
A educação inclusiva insere-se em um debate mais amplo de reflexão em torno da compreensão de que a diferença não se restringe apenas aos grupos considerados excluídos ao mesmo tempo em que debate os processos de exclusão que sofreram esses grupos.
Quando o assunto é educação inclusiva, Florianópolis é lembrada como referência nacional. Um dos motivos que leva a cidade a despontar no país é a garantia, sem exceção, do direito de todos à escola.
“Em Florianópolis, a educação especial, que não é substitutiva da escola regular, é um serviço complementar de qualidade à escolarização do aluno com deficiência, visando acessibilidade ao ambiente e conhecimento escolares”, afirma Rosângela Machado, Gerente do setor na Secretaria de Educação da Capital.
De acordo com os últimos dados, a Rede Municipal de Ensino da capital catarinense é responsável por 520 estudantes com algum tipo de deficiência e transtorno do espectro autista, distribuídos na educação infantil, fundamental e na educação de jovens, adultos e idosos.
Para dar atenção ao grupo, há 44 professores de educação especial que atuam no atendimento educacional especializado e 130 auxiliares para alunos que têm restrições na locomoção, não conseguem se alimentar sozinhos e necessitam de auxílio na higiene pessoal.
Há ainda dez professores de Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, doze intérpretes de LIBRAS e 15 professores que atuam no Centro de Atendimento Pedagógico para Alunos com Deficiência Visual – CAP.
São 22 salas multimeios, dotadas de instrumentos e equipamentos, para o Atendimento Educacional Especializado. No CAP são produzidos livros em Braille, livros e textos com caracteres ampliados, mapas em alto relevo, entre outros materiais acessíveis ao estudante com cegueira ou com baixa visão. Todos os profissionais participam de formação continuada para aprimoramento da prática de Atendimento Educacional Especializado.

Municípios Participantes•         Águas Mornas
•         Alfredo Wagner
•         Angelina
•         Atalanta
•         Biguaçu
•         Bocaina do Sul
•         Bombinhas
•         Chapadão do Lageado
•         Garopaba
•         Gravatal
•         Imbituba
•         Ituporanga
•         Major Gercino
•         Nova Trento
•         Palhoça
•         Paulo Lopes
•         Petrolândia
•         Presidente Nereu
•         Rancho Queimado
•         Santa Rosa de Lima
•         São José
•         Tijucas
•         Trombudo Central
•         Urupema
•         Governador Valadares – MG
 
Instituições Parceiras
•         Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
•         Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC – Santa Catarina
•         Câmara Municipal de Florianópolis
•         Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos - AFLODEF
•         Secretária Municipal de Assistência Social
•         Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC - Araranguá
•         Associação Catarinense para Integração do Cego - ACIC
•         Secretaria de Educação do Estado SC
•         Conselho Municipal de Educação
•         Ministério Público/SC
•         Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
•         Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência
•         Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL
•         Departamento de Saúde e Bem Estar do Servidor - DESABES
•         Educação de Jovens, Adultos e Idosos - EJA
 

Sucesso de natação para crianças com síndrome de Down

Sucesso de natação para crianças com síndrome de Down
Luis Manuel Perez, 22, ensina Kailee Flores, 1, a nadar na piscina do Rockway ensino médio. Perez é um treinador na Down Syndrome Association of Miami e ensina as crianças aulas de natação todos os sábados da semana, 10:30 - 12:30  Matias Ocner / Miami Herald Staff


Todo sábado de manhã, Denise Flores fica pelos bancos na piscina do Rockway escola secundária de vê-la de 1 ano de idade, filha Kailee aprender a colocar a cabeça debaixo de água e brincam com os braços e feet.Kailee, que nasceu com síndrome de Down, é uma de 35 crianças, aproveitando o programa de natação gratuito oferecido pela Down Syndrome Association of Miami.
"Ela adorou desde o primeiro dia", disse Flores, 31, que acredita que a socialização é importante para o desenvolvimento de sua filha. "É bom para ela interagir com outras pessoas além de mim, meu marido e avó."
A associação tem vindo a acolher Miracle Walk, um walkathon de uma milha para a consciência da síndrome de Down, por oito anos. Este ano, ele vai incorporar uma corrida 5K no evento, que terá início às 07:00 de domingo em Coral Gables City Hall.
Os treinadores não posso esperar para mostrar os seus prodígios, que nasceram com um cromossomo extra que afeta as suas capacidades cognitivas, bem como características físicas, incluindo tom fraco muscular, mãos e pés pequenos e menor estatura. A síndrome de Down é a condição genética mais comum diagnosticado nos Estados Unidos; cerca de 1 em cada 700 bebês vão nascer com a doença, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
"Você vai vê-los sendo eles mesmos, ser feliz, dançar, cantar, correr com a gente e abraçando todo mundo", disse Josefina "Yossy" Ramos, 58 anos, um treinador olímpico e da Venezuela, que foi dar aulas de natação para crianças desde 2003.
Os recursos obtidos com a corrida vai financiar os programas oferecidos pela DSAOM, que incluem aulas de natação, equoterapia, jogos de futebol, o discurso e as sessões de enriquecimento da linguagem.
Por enquanto, Ramos espera que a organização arrecada dinheiro suficiente para pagar uma piscina própria. A natação ajuda a desenvolver o seu tônus ​​muscular, que é fraco por causa de sua doença.
"Quando está frio, as piscinas perto e não temos piscina para as crianças a nadar. Se tivéssemos os meios para ter uma piscina interior, as crianças puderam nadar durante todo o ano, e que seria uma bênção ", disse Ramos.
De acordo com o CDC, os pais de crianças com deficiências de desenvolvimento descobrir que atividades recreativas, como natação, melhorar as ligações familiares, bem como a sua mobilidade.
Jorge Van-Balen, 60, um dos corredores e pai de uma criança com síndrome de Down, concorda.
"Quando eles estão nadando, eles estão exercitando todos os músculos do seu corpo e que ajuda-los a melhorar seu tônus ​​muscular", disse Van-Balen, que foi treinador das aulas de natação desde 2006.
O programa de natação é oferecido 10:30 - 12:30 todos os sábados. As crianças têm uma sessão one-on-one de 30 minutos com um instrutor que lhes ensina como superar o medo da água, bóia e usar seus braços e pernas ao nadar corretamente.
Os bebês começam com um "Mommy and Me" sessão, onde os pais entrar na água com a criança enquanto aprendem as noções básicas de natação.
Chad Thorson, 32 anos, pai de 10 meses de idade, Michael James, se inscreveu para as aulas no final de agosto. Ele disse que tem visto melhorias na confiança de seu filho.
"Ele definitivamente espirra muito mais do que ele costumava fazer, e ele está finalmente começando a colocar a cabeça na água e não surtar", disse Thorson, que espera para torcer para o seu filho em uma competição da Special Olympics algum dia.
Enquanto isso, Thorson, sua esposa e filho estarão vestindo seus tênis de corrida em 5K de domingo.
"A corrida aumenta a consciência e as pessoas vão saber que a síndrome de Down não é uma coisa assustadora, como costumávamos pensar que era", disse Thorson.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Inglesa e gaúcha se unem para promover pesquisas sobre lesão medular

Inglesa e gaúchaSabrina (esquerda) e Lolly se conheceram pela internet. Junto a outras nove garotas, promovem pesquisas na área de lesão medular Lorraine Mack vive em Londres, no Reino Unido. Sabrina Ferri é brasileira e mora em Porto Alegre. Junto a outras sete meninas de diferentes países, elas buscam captar recursos para financiar pesquisas sobre a cura da lesão medular. Em comum, além do fato de todas viverem em cadeira de rodas, a vontade de encontrar uma solução para o problema que atinge mais do que 130 mil novos indivíduos a cada ano no mundo.
Sabrina Ferri
Sabrina Ferri
Em uma noite de comemoração com os amigos, um acidente em uma boate em Londres deixou Lolly paralisada. Sabrina estava em um balanço que simula o surf a cinco metros do chão, na Praia do Rosa (SC), quando caiu e teve uma lesão semelhante à de Lolly. Na quinta-feira, as duas estarão juntas na Capital em uma festa beneficente que pretende reunir recursos para o Spinal Research, plataforma de financiamento coletivo inglesa que arrecada fundos para tratamentos em lesões medulares. Até agora, pouco mais de 500 libras foram arrecadados, o equivalente a cerca de R$ 2,2 mil. A pretensão é chegar a R$ 5,8 mil (1,5 mil libras). É uma pequena ajuda, mas que representa muito para quem busca tratamento para a lesão medular.
São segundos que mudam a vida de uma pessoa para sempre. A causa é tão delicada que precisamos unir forças do mundo inteiro. Temos esperança de que esses tratamentos clínicos futuramente possam restaurar nossos movimentos. Não sei para me ajudar, mas poderá ajudar outras pessoas — explica.
Há cerca de 10 anos, um homem bêbado e drogado caiu da varanda de uma casa noturna em cima de Lolly. Quando foi levantar, a inglesa percebeu que estava completamente paralisada. A lesão medular de nível C4/C5 foi responsável pela perda dos
Lorraine Caroline
Lorraine Caroline
movimentos. Na época, era modelo de rosto para a marca Chanel, fazia trabalhos para a televisão e sonhava em ser apresentadora. Agora, a esse sonho, somou-se o de voltar a andar:
— Ser parte desse grupo de meninas pela cura é incrível para mim, todas nós temos a mesma paixão: “encontrar a cura!”.
Encontros virtuais facilitaram promoção da causa Em reuniões por Skype e Facebook, elas discutem como captar recursos, promover eventos e despertar a consciência das pessoas. Animada com a recepção preparada por Sabrina, Lolly está confiante: junto com as “cure girls”. acredita que irá tornar a lesão medular um problema curável.
Empresária do ramo de alimentos integrais, Sabrina não deixou de trabalhar por causa da lesão. Depois que o acidente ocorreu, há seis anos, adaptou o estilo de vida e se cercou de ferramentas e profissionais para auxiliar nas atividades que ficaram restritas. Na época com 28 anos, era uma pessoa bastante ativa. Ao perder os movimentos dos membros superiores e inferiores, faz de tudo para não abandonar essa característica:
— Não fico parada. É da minha personalidade tocar a vida. Mas as pessoas que não trabalham tem uma série de limitações. Apesar de eu passar um lado de força, tem a questão de encontrar uma solução urgente. As pesquisas aqui andam bem devagar.
No Brasil, as principais instituições que realizam pesquisa estão atreladas a universidades e institutos de pesquisas federais, que não podem receber doações de entidades privadas. Participar do blog e da campanha de financiamento internacional foi uma forma de compartilhar informações e colocar o assunto em foco.
Teste em humanos pode estar próximo. Não é preciso ir longe para encontrar boas pesquisas na área de células-tronco.
Geneticista da UFRGS e representante da América Latina no grupo que está definindo as regras internacionais sobre uso de células-tronco em pacientes, Patrícia Pranke diz que estamos próximos do momento em que estudos para lesão medular deixarão de ser testadas em camundongos e serão aplicadas em gente:
— Esse é o nosso próximo passo. Em um ou dois anos devemos pedir ao Comitê de Ética do Ministério de Saúde, em Brasília, para aplicar em humanos. Já temos na UFRGS um laboratório construído com certificação para isso.
Patrícia acabou de visitar a ex-ginasta Lais Souza na universidade de Miami (para onde vai Lolly assim que deixar Porto Alegre) e de estabelecer uma parceria com o projeto para curar a doença. Segundo ela, tanto no Brasil quanto nos demais países do mundo, as pesquisas em camundongos estão dando bons resultados.
Associada à nanotecnologia, a pesquisa em células-tronco ajudariam a resolver o problema dos pacientes crônicos (que estão em cadeira de rodas há mais tempo, quando é mais difícil a cura porque a cicatriz se formou ((onde?))).
— A nanotecnologia seria uma ponte para o cultivo das células-tronco (podem ser cultivadas em laboratório ou ser do próprio paciente). É como se elas ligassem a parte do corpo que está lesada com a parte sadia.
Especializada em reabilitação neurofuncional, a fisioterapeuta de Sabrina, Melissa Grigol Goldhardt, diz que entidades como a que será ajudada por Lolly e por sua paciente podem até não trazer a cura para a a lesão medular, mas ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
— Tem outras funções fisiológicas que são prejudicadas pela lesão. Essas pesquisas podem não fazer a pessoa andar, mas auxiliam em outras funções. Algumas ajudam a melhorar a sensibilidade da bexiga, intestino ou na sexualidade, por exemplo – explica Melissa.
COMO AJUDAR
A festa será hoje (quinta-feira, 23/10) , às 21h. O local escolhido (Allure Club, na Av. Plinio Brasil Milano, 137) tem rampas e banheiros adaptados para cadeirantes. Os ingressos estão à venda por R$ 30 na Confeitaria Itália (Avenida Otto Niemeyer, 255) e Dado Pub (Rua Fernando Gomes, 80). Para contribuir por meio da plataforma, o endereço é justgiving.com/LollyandSabrina. Não há valor mínimo para doação.
Fonte: http://linkis.com/casadaptada.com.br

Projeto garante salário mínimo a toda pessoa com deficiência

A Câmara dos Deputados analisa projeto que concede renda básica mensal a toda pessoa com deficiência no valor de um salário mínimo (PL 7980/14). Segundo a proposta, do deputado Guilherme Mussi (PP-SP), o recebimento desse auxílio não impede que sejam pagos os demais benefícios no âmbito da seguridade social ou de outro regime previdenciário. O valor não será considerado no cálculo da renda per capita familiar para fins de recebimento de qualquer outro amparo assistencial.
Atualmente, a Lei 8.742/93 garante salário mínimo mensal à pessoa com deficiência sem condições de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família, e estabelece que a renda mensal per capita familiar do beneficiário seja inferior a 1/4 do salário mínimo.
A proposta define pessoa com deficiência aquela com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual, psicossocial ou sensorial, e que podem prejudicar sua participação efetiva nasociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
De acordo com o texto, a concessão do benefício estará sujeita à avaliação médica e social, a ser definida em regulamento posterior, sobre a deficiência e o grau de impedimento da pessoa que o requerer.
A proposta determina ainda que a renda básica mensal será revista a cada dois anos para avaliação da continuidade do pagamento, em razão das avaliações médica e social.
O deputado Guilherme Mussil afirmou que a certeza de uma renda mínima contribuirá para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, além de facilitar o acesso a seus direitos básicos de cidadania, como saúde, educação, trabalho e transporte, passo decisivo para que possam alcançar sua independência e autonomia.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
FONTE: Agência Câmara

Como requerer a aposentadoria para pessoas com deficiência

Os segurados da Previdência Social com deficiência física, intelectual ou sensorial têm condições diferenciadas para a concessão de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição. Para a aposentadoria por idade, a pessoa deve ter no mínimo 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher. Além disso, deve ser segurado do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e  comprovar 180 meses de contribuição para a Previdência Social na condição de pessoa com deficiência.
Na aposentadoria por tempo de contribuição, a pessoa também deve ser segurada do RGPS, comprovar no mínimo 180 meses de contribuição para a Previdência Social. Esse benefício é destinado aos segurados com deficiência há, pelo menos, dois anos e leva em conta o grau de deficiência
O segurado com deficiência grave poderá requerer aposentadoria com 25 anos de tempo decontribuição, se homem, e 20 anos, se mulher. No caso de segurado com deficiência moderada, o requerimento do benefício ocorre aos 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher. E, para o segurado com deficiência leve, é possível solicitar a aposentadoria aos 33 anos de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher.
1 – O que a pessoa precisa ter para pedir a aposentadoria à pessoa com deficiência?
Ela deve ser avaliada pelo INSS para fins da comprovação da deficiência e do grau, com avaliaçãopericial e social.
2 – Quais são as etapas para a aposentadoria?
1ª etapa – O segurado faz o agendamento do atendimento pela Central 135 ou no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br);
2 ª etapa – O segurado é atendido pelo servidor na Agência da Previdência Social para verificação da documentação e procedimentos administrativos;
3ª etapa – O segurado é avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência e a interação com as atividades que o segurado desempenha;
4ª etapa – O segurado passa pela avaliação social, que vai considerar as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social;
A avaliação do perito médico e do assistente social certificará a existência, ou não, da deficiência e o grau (leve, moderada ou grave).
3 – Quais são os canais de atendimento para a solicitação da aposentadoria?
O segurado deve agendar o atendimento na Central 135  (ligações gratuitas de telefones fixos, de segunda a sábado, das 7h às 22h) e no Portal da Previdência Social, no endereço www.previdencia.gov.br, e comparecer na data e hora marcados na Agência da Previdência Social escolhida.
4 – Qual a vantagem para os trabalhadores com deficiência com a nova lei?
As pessoas com deficiência terão a redução da idade de cinco anos, no caso da aposentadoria por idade. Já na aposentadoria tempo de contribuição, a vantagem é a redução do tempo de contribuição em dois anos, seis anos ou 10 anos, conforme o grau de deficiência.
14 – As pessoas já aposentadas antes da Lei Complementar 142/2013 entrar em vigor podem pedir a revisão do seu benefício?
A Lei Complementar 142/2013 só se aplica aos benefícios requeridos e com direito a partir do dia 4 de dezembro de 2013. Benefícios com datas anteriores à vigência da Lei Complementar 142/2013, não se enquadram e, por isso,  não tem direito à revisão

Uma abordagem sobre as gradações dos tipos de deficiência e sua avaliação pelo INSS para a nova aposentadoria do deficiente

Para que se possa auferir a gradação da deficiência, é preciso medir a interação das limitações físicas com as barreiras existentes, que irão delimitar as dificuldades e impedimentos suportados.
Resumo: Um dos grandes desafios da modernidade é a adequação dos direitos sociais constantes na Carta Magna e a sua prestação efetiva, onde passa a haver a exigência do Estado como agente protecionista. O artigo inicia com as normas constitucionais e infraconstitucionais na seara previdenciária da aposentadoria especial ao deficiente. A seguir, passa-se a discorrer sobre os tipos de deficiência, sua graduação e seu enquadramento na legislação. Discute-se a seguir a aplicação da norma de forma a ter sua eficácia plena.
1. Introdução
Uma analise histórica, não só no Brasil, mas também de outras culturas e países, expõe ao longo dos anos situações de eliminação e exclusão dos indivíduos que apresentavam algum tipo de deficiência. Com o passar dos anos, os deficientes começaram a ser integrados na sociedade, primeiramente com um olhar sob a ótica da saúde, da necessidade de receber do Estado especial proteção, e mais recentemente através de medidas de inclusão social, visando sua integração no mercado de trabalho e na sociedade como um todo.
Entretanto, por mais que se tenha caminhado nesta direção, não há como não se reconhecer a desigualdade de condições, de oportunidades. Não há como igualar pessoas que enfrentam barreiras físicas e sociais das outras que não as enfrentam. Há necessidades especiais a serem supridas.
Um dos grandes desafios da humanidade é a promoção da igualdade, em todas as suas nuances. Quando se fala deste principio constitucional, obrigatoriamente há que se fazer remissão àqueles que estão em condições de desigualdade e por tal motivo há uma efetiva razão para o tratamento desigual.
Através da edição de leis, buscou-se criar condições de acessibilidade física e de inclusão no mercado de trabalho, para que cada vez mais estes indivíduos se integrem na sociedade, afastando a necessidade de atuação do aparelho estatal na forma de assistencialismo social.
Com a edição da Lei de Cotas para deficientes, estes passam a integrar o mercado de trabalho, representando hoje um enorme contingente economicamente ativo. Entretanto, não se pode aqui afastar que as condições enfrentadas pelos deficientes não se igualam aos outros trabalhadores, nascendo uma nova realidade a ser enfrentada, que é a aposentadoria destas pessoas de forma diferenciada, de forma a preservar sua particularidade face as demais.
Depois de um longo tramite legislativo, regulamentou-se a aposentadoria especialíssima do deficiente, mas, sem, contudo, estancar de vez as dificuldades a serem enfrentadas para a sua concessão.
O presente trabalho objetiva analisar as gradações das deficiências, sua avaliação pelo INSS e as dificuldades de sua concessão.
2. Das Normas Protetivas do Deficiente
Sendo objetivo fundamental do Brasil constante na Lei maior, a promoção do bem de todos, sem preconceitos ou qualquer discriminação, inclusive no tocante a salários e forma de admissão do trabalhador portador de deficiência, cabia ao Poder Público disciplinar normas que visassem o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração social.
Além das normas constitucionais, leis civis foram promulgadas em todos os níveis federativos que vieram de encontro aos direitos das pessoas portadoras de deficiência em conformidade com os princípios gerais do direito consagrados em nosso ordenamento jurídico.
A Lei nº 8.213/91 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência, instituiu a obrigatoriedade das Empresas contratarem deficientes em seus quadros, bem como as providências para a contratação de portadores de necessidades especiais.
Nos termos do Art. 93 – A empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção:
– até 200 funcionários… 2%
– de 201 a 500 funcionários… 3%
– de 501 a 1000 funcionários… 4%
– de 1001 em diante funcionários… 5%
Com a adoção da Lei de Cotas, os deficientes passaram a integrar o mercado de trabalho, fazendo jus aos mesmos benefícios previdenciários dos demais trabalhadores, sem, contudo um olhar diferenciado quanto as barreiras sociais e as dificuldades físicas enfrentadas.
Sensível a isto, através da Emenda Constitucional 47/05 foi inserido na Constituição Federal, no seu artigo 201:
Parágrafo 1º: É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
A aposentadoria especial, com previsão constitucional, se encontra regulado pela Lei Complementar 142 de 2013, vindo a seguir o Decreto nº 8.145/13, alterando o Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, para adequá-lo às disposições sobre à aposentadoria da pessoa com deficiência. A Portaria interministerial SDH/MPS/MF/MPOG/AGU nº 01 de 27/01/14 trouxe a definição legal sobre os graus de deficiência, a forma de avaliação, bem como definiu impedimento de longo prazo.
3. Enquadramento do deficiente face a legislação
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (parágrafo 3º, do artigo 70-D do Decreto 3.048/99).
O reconhecimento da aposentadoria especial para o deficiente traz um redutor no tempo de serviço necessário para a aposentadoria, havendo uma redução de dois anos para o grau leve, seis anos para o moderado e dez anos para o grau grave.
O grande desafio trazido pela Legislação é como fazer esta gradação num universo gigantesco, cheio de particularidades. Estabeleceu-se assim, a competência pericial do INSS para esta avaliação, através de avaliação médica e funcional.
Coube a Portaria Interministerial n.º 01, de 27 de janeiro de 2014, elaborada em ato conjunto, aprovar o instrumento destinado à avaliação do segurado, com objetivo de identificar os graus de deficiência, bem como definindo impedimento de longo prazo. Esse documento também estabelece o prazo de dois anos para identificar e avaliar os deficientes para efeito de aposentadoria, podendo ser prorrogado se houver necessidade. Esse prazo fixado é fundamental, pois permitirá que o segurado já tenha uma previsão de quando poderá se aposentar e, não concordando com a avaliação da perícia médica, haverá possibilidade de discutir na justiça.
A portaria estabelece que a avaliação médica e funcional seja feita conjuntamente entre a perícia médica e o serviço social e será feita tendo como base a classificação internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), da OMS e mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro aplicado para fins de Aposentadoria, nos termos do anexo.
A portaria representa um enorme avanço, pois se adéqua ao conceito atual de deficiência, que não pode ser mais só analisado somente através de critérios médicos, mas também os impedimentos de longo prazo, as barreiras com que estes impedimentos irão interagir e a desigualdade de oportunidade de participação plena e efetiva na sociedade em relação às demais pessoas.
Para que alguém seja considerada pessoa com deficiência, alguns critérios terão que estar presentes e estes critérios para determinação de pessoa com deficiência estão inseridos no próprio conceito, quais sejam, impedimentos de longo prazo, as barreiras e a desigualdade de oportunidade como resultado da interação do primeiro com o segundo elemento.
Entretanto, ainda há um longo caminho a ser trilhado administrativamente, não sendo os instrumentos criados totalmente hábeis para dirimir de vez com toda a problemática que envolve a questão.
No tocante ao impedimento de longo prazo, define a portaria o lapso temporal mínimo de dois anos para que este seja caracterizado, o que poderá conflitar com o caráter aberto do conceito de deficiência. Há de ser mensurado o que este impedimento impõe a vida da pessoa, quais as consequências trazidas no desenvolvimento de suas atividades do dia a dia. Mais adequado seria sua fixação dentro do caso concreto.
No que concerne à avaliação conjunta por peritos médicos e assistentes sociais, o modelo aproxima-se do caráter social, mais a participação destes dois profissionais não exaure todas as situações a serem examinadas.
4. Dos critérios do exame
O segurado será submetido a avaliação pelo perito médico, onde após ser identificado e caracterizado, será feita uma avaliação médica, resultando em um diagnóstico médico, que deverá enquadrar-se na Classificação Internacional das Doenças (CID 10), a causa principal e as sequelas ou impedimentos. Constata-se qual o tipo de deficiência, podendo haver associação de deficiências e se há alterações das funções corporais.
A avaliação passa então a avaliar outros aspectos, como a descrição da atividade desenvolvida, visando auferir com que independência o segurado exerce sua atividade, pontuando-se de acordo com a resposta dada.
Identifica-se então, as barreiras externas, que são os fatores ambientais que influem na realização das atividades habituais, tanto as facilitadoras como as limitadoras. Estes fatores externos avaliados são a melhora da funcionalidade pelo uso de produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia, não se incluindo ajuda humana; O ambiente natural ou físico; Apoio e relacionamento, englobando apoio físico ou emocional prático, educação, proteção e assistência, e de relacionamento com outras pessoas em todos os aspectos da vida.; Atitudes da sociedade que influenciam a vida da pessoa avaliada; Serviços, Sistemas e Políticas (garantias sociais ás pessoas com deficiência).
Aplicação do Método Linguístico Fuzzy, no qual, dentro de cada deficiência, são utilizadas três condições que descrevem o grupo de indivíduos, em situações de mais comprometimento funcional.
Os dados obtidos em cada etapa da avaliação são ao longo do processo inseridos em formulários próprios constantes do anexo, onde se atribui pontos de acordo com a funcionalidade constatada em cada atividade.
Ao término, de acordo com os scores de pontuação, é feita a classificação da deficiência em seis graus ou se inferior aos padrões mínimos, constatado a ausência de deficiência.
A legislação, na definição de pessoas com deficiência, traz um conceito aberto e social, e qualifica como sendo uma condição de determinada pessoa, a qual, interagindo com barreiras estruturais, urbanísticas, atitudinais, de comunicação, além de outras, tenha impedimento ou dificuldade de usufruir da sociedade em todas suas possibilidades, em qualquer espaço ou ambiente, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Conforme se vê, é um conceito por demais amplo, que dificilmente será possível de ser compreendido apenas através da avaliação por médico e assistente social. A avaliação a ser feita extrapola a competência destes profissionais. Impõe-se uma avaliação multidisciplinar, que por certo, envolve diversas especialidades.
Para que se possa auferir a gradação da deficiência, há dois aspectos a serem observados. O primeiro trata da limitação física, orgânica, anatômica ou de cognição. A partir do diagnóstico médico, feito através de sinais e sintomas, complementado ou não por exames, o medico perito estará apto a determinar a deficiência e sua gravidade.
Outro aspecto é o da interação das limitações físicas com as barreiras existentes, que irão delimitar as dificuldades e impedimentos, suportados em relação a usufruir em igualdade de oportunidade com as demais pessoas. Há que ser feita uma avaliação multidisciplinar, que vai além da competência do médico e do assistente social. Precisa-se do suporte de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, engenheiros, arquitetos, educadores, enfim, de profissionais capacitados que requererão cada caso concreto.
Não se pode esquecer ainda que a aposentadoria é um ato vinculado da administração, ou seja, preenchidos os requisitos há que ser concedida. Não há discricionariedade.
Se hoje as perícias feitas pelo INSS são tão ineficientes e injustas, objeto de tanta celeuma, fica difícil visualizar que as concessões nesta aposentadoria sejam pautadas naquilo que a lei estabelece.
O modelo social sustenta que a exclusão não é resultado dos impedimentos corporais, mas das barreiras sociais.(CORKER; SHAKESPEARE, 2004).
Segundo dados do último Censo realizado no Brasil em 2010, existem mais de quarenta e cinco milhões de brasileiros que apresentam algum tipo de deficiência, que corresponde a 23,9% da polução total do país. Nesse percentual, as pessoas com deficiência integram o mercado de trabalho, seja o formal ou o informal, mas contribuem com a previdência social.
5. Conclusão
Não se pode afastar que tanto o conceito de deficiência como a legislação especifica para proteção dos direitos inerentes aos mesmos evoluíram muito ao longo do tempo.
Entretanto, para que haja a completa aplicação da lei, pautada nos princípios constitucionais, há que se ter uma visão integral das pessoas com deficiência e uma visão holista do trabalho, que compreenda a interação desses indivíduos em diferentes esferas da sociedade.
Imprescindível que se tenha um olhar acurado acerca da integralidade do indivíduo com deficiência e suas experiências na vida em sociedade. Há que se buscar a perspectiva ampla do conceito de deficiência e o entendimento que o trabalho transcende, e muito, o tempo trabalhado e as atividades desenvolvidas. Essas questões são curiais para aplicação do Índice de Funcionalidades Brasileiro para a Aposentadoria (IFBrA).
É preciso que se evite injustiças previdenciárias na antecipação do tempo regulamentar de aposentadoria ao classificar a gravidade de enfrentamento destas barreiras.
A única maneira para que isso não ocorra seria uma avaliação multiprofissional, com concurso de especialistas que convivem com avaliação funcional e de desempenho. Não há como tentar criar um modelo dentro de um padrão, pois vão existir pessoas com condições biológicas parecidas e com barreiras sociais muito diferentes.
É necessária esta reflexão, a compreensão das dificuldades que irão surgir nestas avaliações, que se realizadas na forma regulamentada, sem a concorrência de todos os profissionais aptos na determinação das gradações das deficiências, transformarão em letra morta a conquista desta aposentadoria, criando mais uma barreira a ser enfrentada pelos deficientes físicos.
6. Referências
BRASIL. Constituição Federal da República Federativa do Brasil, 5 de outubro de 1988, Brasília, 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/Constituição. Htm>. Acesso em: 12 jun.2014.
__________. Decreto n 8.145, de 3 de dezembro de 2013.
__________. Lei Complementar n. 142, Regulamenta o § 1o do art. 201 da Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, de 08 de maio de 2013. Brasília, 2013. Diário Oficial da União. Disponível em:. Acesso em: 12 jun.2014.
_________. Lei 47, Emenda Constitucional, de 05 de julho de 2005. Brasília, 2005. Diário Oficial da União. Disponível em:. Acesso em: 12 jun.2014.
_________. Lei 8.742, Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, de 07 de dezembro de 1993. Brasília, 1993. Diário Oficial da União. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. >. Acesso em: 12 jun.2014.
_________. Lei 8.213, Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, de 24 de julho de 1991. Brasília, 1991. Diário Oficial da União. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm. >. Acesso em: 12 jun.2014.
__________. Portaria Interministerial SDH/MF/MOPG/AGU n 1, de 27 de janeiro de 2014.
CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Disponível em:. Acesso em: 13 jun.2014.:. Acesso em: 13 jun.2014.
CORKER, Mairiam; SHAKESPEARE, Tom. Mapping the terrain. In: CORKER, Mairiam; SHAKESPEARE, Tom (Ed.). Embodying disability theory. London: Continium, 2004. P. 1-17.