sábado, 17 de janeiro de 2015

Má alimentação prejudica desempenho escolar


A má alimentação não afeta apenas a saúde física da criança, mas também impacta negativamente o seu desenvolvimento cognitivo. Por isso a importância de uma dieta equilibrada, um tema essencial aos pais nas suas conversas, seja na área da Saúde, da Educação ou da Assistência Social.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Ohio, nos EUA, noticiada pelo jornal O Globo,chegou a uma conclusão importante e que nos serve de alerta: criança mal alimentada pode ter o aprendizado prejudicado.
Nós sabemos que não é fácil restringir alguns alimentos aos pequenos, mas vale o esforço. Pelo menos é o que a pesquisa indica, atribuindo ao fast-food frequente um dos principais responsáveis pela baixa performance escolar.
O estudo, que analisou por três anos os hábitos alimentares baseados nos lanches rápidos, de 11.740 crianças de dez anos, avaliou o resultado de testes acadêmicos de quando essas crianças estavam no 8º ano do ensino fundamental.
Para esses alunos, as médias chegaram a 79 em Ciências (e foram semelhantes nas disciplinas relacionadas à produção de texto e à Matemática). Crianças que se alimentavam sadiamente alcançaram a média 83.
Para 52% das crianças com alimentação duvidosa, o consumo de produtos de marcas como McDonald’s e Burger King era de uma a três vezes por semana; 10% delas consumiam esse tipo de alimento de quatro a seis vezes e outros 10% revelaram que o consumo era diário.
As médias não mudaram mesmo quando outras variáveis (como prática de esportes, nível socioeconômico e o tempo na frente da TV) foram consideradas.
Os fast-foods são pobres de nutrientes importantes para o fortalecimento do desenvolvimento cognitivo, como o ferro. Ao mesmo tempo, são ricos em gordura e açúcar, que atrapalham a memória e a aprendizagem.
Os casos mais graves de má nutrição também deixam a criança apática, causam queda de cabelo e quebra das unhas.
O futuro dessas crianças, que muitas vezes se tornam obesas, é uma vida adulta ameaçada pela hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, varizes, hérnias, doenças emocionais, câncer e problemas ortopédicos.
A escola é um ótimo espaço para aprender como se alimentar bem. Uma experiência bem-sucedida, divulgada pelo portal G1, é de um projeto realizado na escola municipal Alecrim, em Vila Velha, ES, onde as crianças aprendem hábitos saudáveis e se tornam “minichefs”.
As educadoras aliaram atividades práticas à literatura infantil para incentivar a boa alimentação e o consumo de verduras, legumes e frutasque, até então, era limitado, já que os alunos, durante a refeição, rejeitavam esses alimentos.
Espalharam cartazes pela escola para mostrar quais alimentos fazem bem e porque é importante consumi-los. Na sala de aula, maçãs foram construídas com garrafas pets e a história da Branca de Neve serviu de pano de fundo para mostrar como a fruta é saborosa e saudável – sem o veneno da madrasta malvada…
Depois, as crianças prepararam salada de frutas e lanches naturais no refeitório da escola. O envolvimento foi tamanho que as receitinhas viraram livro, confeccionado pelos alunos e educadoras.
Uma ideia criativa e saborosa que você pode adaptar para a sua turma, além de compartilhá-la com os pais, ajudando a zelar pela boa nutrição de seus filhos.

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