Nos primeiros anos de vida, a estimulação precoce é fundamental para o desenvolvimento do bebê com síndrome de Down. Passada esta fase, o esporte é um aliado importante para promover o fortalecimento muscular e a socialização, entre outros benefícios. Veja abaixo o passo a passo para que a criança ou o adolescente comece a prática esportiva.
1) Descubra todas as vantagens que os esportes podem oferecer
De modo geral, praticar esportes melhora a saúde, promove o fortalecimento muscular e o condicionamento cardio-respiratório, além de previnir obesidade e osteoporose. “A prática esportiva também é ótima para a socialização, integração sensorial, conhecimento do corpo e seus limites e desenvolvimento de autoestima”, explica Ana Claudia Brandão, pediatra especialista em síndrome de Down e colaboradora do Movimento Down.
2) Avaliação médica
O primeiro passo é fazer uma avaliação médica e/ou ortopédica para saber se a criança apresenta instabilidade atlanto-axial ou outro problema específico que precise ser levado em consideração para a prática de esportes.
3) Descubra o que a criança ou o adolescente tem vontade de praticar
Antes de buscar o melhor esporte para a pessoa com síndrome de Down, é muito importante descobrir qual é o melhor esporte para aquela criança ou adolescente. “Muitas vezes os pais acreditam que determinado esporte é bom para pessoas com SD e, sem consultar a criança, a matriculam. A criança precisa estar motivada para a prática esportiva, precisa ter determinadas habilidades, e sem isto, em vez de ser uma atividade prazerosa, vira um sacrifício”, explica Ana Claudia Brandão, pediatra especialista em síndrome de Down e colaboradora do Movimento Down.
4) Atenção para os esportes que precisam de maior supervisão
Ana Claudia explica que não há esportes proibidos, mas alguns demandam maior atenção e cuidado por conta de características específicas da síndrome de Down. “Os esportes que necessitam de alguma ‘truculência’ ou muita movimentação do pescoço, como o boxe ou o rugby, precisam ser bem supervisionados por causa da instabilidade atlanto-axial”, afirma. A corrida também é um esporte que requer atenção. “Devido à hipotonia e maior frouxidão dos ligamentos, pode ocorrer sobrecarga nas articulações. É importante, neste caso, um trabalho de musculação associado ao treino de corrida, tudo sempre supervisionado por profissionais capacitados (educador físico, fisioterapeuta e médico)”.
5) Atenção aos profissionais de educação física
É muito importante que o profissional de educação física responsável pela criança ou adolescente esteja atento a possíveis alterações ortopédicas e saiba motivar o aluno dentro de suas potencialidades. “Ele (a) deve estimular a superação sem exageros que possam comprometer a saúde das suas articulações ou sua saúde mental”, alerta Ana Claudia Brandão.
6) Confira algumas sugestões
O Movimento Down preparou um especial sobre esportes com algumas atividades que trouxeram benefícios e diversão para pessoas com síndrome de Down de todas as idades. Clique nos links abaixo para conferir as vantagens do surfe, natação, ginástica e das artes marciais. Além destes, Ana Claudia Brandão indica o hipismo ou qualquer modalidade com cavalos e atividades em equipe: “Além do trabalho físico e muscular, elas também desenvolvem o senso de colaboração, cooperação, socialização e respeito às regras”.
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