Lenços umedecidos, uso da mesma fralda por tempo prolongado e falta de sol podem agravar o problema que aumenta durante o verão
O verão bate à porta e quem tem bebê deve se preparar para um incômodo mais comum nesta época do ano: as assaduras provocadas pelas fraldas. Nas temperaturas mais altas, a região do corpo da criança coberta pelo acessório fica mais úmida, quente, sem ventilação e sujeita a atritos, tornando a pele mais sensível e com possibilidades de mais lesões.
Chamada de dermatite de contato irritativa, a assadura consiste numa inflamação da epiderme (camada transparente que se estende sobre a derme e que forma a pele) e é a ocorrência mais comum na área das fraldas. Não se trata de uma alergia, mas de uma irritação de uma região sensível que fica coberta a maior parte do tempo.
A reação alérgica nessa área do corpo da criança é mais incomum. O que pode acontecer é alergia ao elástico na área das dobrinhas das fraldas. Já as assaduras, em geral, acontecem pelo uso incorreto do acessório. Felizmente é fácil prevenir o mal, é só seguir algumas orientações.
A primeira dica para os pais é trocar a fralda com regularidade para evitar que a pele dos pequenos fique tempo demais em contato com a urina ou as fezes. Os dejetos aumentam o PH (Potencial Hidrogeniônico que é classificado de uma escala de 0 a 14 e é identificado pelas características do meio observado, podendo ser: ácido, neutro ou alcalino) e deixam o local mais propício a irritações. Por isso, é importante optar por fraldas ricas em material acrílico com alto poder de absorção.
Aliás, por não absorverem o excesso de umidade é que as fraldas de pano também não são recomendadas se a ideia é ficar longe das assaduras. Outro conselho importante para evitar o sofrimento dos bebês, já que as inflamações da pele causam desconforto, é limpar o local com água morna. Deve-se evitar os lenços umedecidos que por conterem determinadas substâncias podem causar reações alérgicas e até piorar o problema com as assaduras.
Em terceiro lugar, uma arma potente contra o mal são os cremes, em geral compostos por óxido de zinco, que protegem a pele contra substâncias irritativas e servem como uma barreira de bloqueio.
Embora haja outras causas para lesões nesta parte do corpo dos bebês, como uso de medicamentos, infecciosas (vírus, fungos ou bactérias), falta de determinados nutrientes e até tumores, todas elas são raras. O ideal é procurar um pediatra para um diagnóstico preciso. Aliás, é importante saber que essa região do corpo tem uma capacidade de absorção três vezes maior, ou seja, o uso de remédios tópicos merece atenção especial.
Aproveite para deixar as crianças sem as fraldas por um tempo durante o calor. Tomar sol nesta região do corpo, em horários adequados (antes das 10h e depois das 16h) ajuda a prevenir qualquer tipo de irritação.
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