sábado, 21 de março de 2015

Crianças de hoje, futuros jovens e adultos hipertensos?


O problema é tão grave que várias iniciativas têm sido tomadas para conscientizar os pais da importância da atividade física e de uma alimentação equilibrada para que o bom desenvolvimento de seus filhos seja garantido, tornando-os jovens e adultos saudáveis. No entanto, as estatísticas mostram que as ações ainda não surtiram o efeito esperado. Nosso papel, como profissionais da Primeira Infância, é atuar para que os adultos percebam a sua responsabilidade sobre o tema, mudando posturas e costumes alimentares, antes que seja tarde.
Imagine só: 30% das crianças, segundo pesquisas recentes, apresentam o LDL alto (conhecido como mau colesterol).
A causa? Sedentarismo e má alimentação. Em número menor, o fator genético. Outra informação importante: o problema não tem afetado apenas meninos e meninas acima do peso.
É por isso que os pediatras indicam que, a partir dos dez anos, as crianças façam exames de sangue para analisar os níveis do colesterol.
Vale lembrar que valores abaixo de 150 mg/dl são ideais para o colesterol total, enquanto que, para o LDL, os índices adequados devem ser menores que 100 mg/dl.
Um dos aspectos do colesterol além da medida é que ele se instala sem dar sinais. Depois, pode causar cansaço, preguiça para as atividades em geral, enjoos e náuseas e até dor no peito.
A questão da alimentação, que já tratamos neste blog em outros posts, continua sendo um ponto frágil no dia a dia das famílias. Além da correria, que favorece o consumo de enlatados, macarrões instantâneos, frituras e alimentos gordurosos, o exemplo dos pais faz toda a diferença.
O costume de comer carne vermelha todo o dia também afeta o bem-estar da criança. É preciso limitá-lo a até duas vezes por semana, segundo especialistas. Outra dica é colocar a refeição da criança no prato de sobremesa. Isto até os oito anos, quando o estômago ainda é pequeno. Assim, ela comerá o que realmente precisa para saciar-se.
Os pais precisam ser orientados sobre o que deve conter esse prato:
Metade do prato – legumes e verduras
Um quarto do prato – proteína animal (carne, peixe, frango) e proteína vegetal (feijão, lentilha, ervilha, soja)
Um quarto do prato – carboidratos (arroz, macarrão, batata, mandioca)
Sempre que for possível substituir a farinha branca (pães, macarrão) pela integral, melhor ainda.
Com esses cuidados evita-se que as crianças fiquem propensas às doenças cardíacas e à hipertensão e possam sofrer infartos na fase jovem-adulta.
Uma cartilha da Sociedade Brasileira de Cardiologia dá várias dicas importantes para que educadores e famílias cuidem melhor da alimentação e da atividade física da criança pequena. Vale a pena fazer o download do documento e compartilhá-lo com seus colegas e os pais.

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