terça-feira, 31 de março de 2015

Comendo em voos e aeroportos

avião
Após enfrentar multidões, filas e turbulência, as famílias que viajam muitas vezes encontram conforto em refeições com lanches engordurados, salgadinhos fritos e alimentos açucarados disponível frequentemente encontrados em aeroportos. Mas, de acordo com a Academia de Nutrição e Dietética Americana, os momentos de estresse são exatamente quando seu corpo mais precisa de boa comida e com os nutrientes certos.
Quando você está voando passa por um estresse e, desta forma, seu corpo utiliza mais nutrientes. É por isso que é tão importante para nutrir-se bem e planejar esse período fora de casa.
A alimentação saudável no aeroporto começa antes de sair. A dica é levar na mala lanches pré-montados já que as tentações estão por toda parte. E isto pode ser bem difícil especialmente quando você viaja com crianças. Vivi essa situação quando viajei para Recife, em janeiro deste ano, com meu neto de 5 anos.
Se você não tiver tempo de preparar os lanches saudáveis, saiba que opções menos gordurosas ​​estão disponíveis para compra no aeroporto se você souber procurar. Escolha alimentos ricos em fibras (pelo menos 3 gramas por porção) como barras de granola, pacotes de amendoim ou de castanha, iogurte de baixo teor de gordura ou de frutas. Se optar por chips, selecione os assados, pois possuem teores mais baixos de gordura.

Para as refeições, muitos restaurantes de aeroportos começaram a oferecer opções mais saudáveis, você poderá encontrar um menu que inclua peito de frango grelhado, saladas, batatas assadas e laticínios de baixo teor de gordura.
Manter-se hidratado também é muito importante sempre que você estiver viajando. Beber líquidos pode dar ao seu corpo uma sensação de saciedade para ajudar a evitar excessos, combater a sensação de fadiga e pode manter seu sistema imunológico funcionando em seu pico.
Para os adultos, outra dica é evitar a ingestão de álcool para lidar com o estresse de viagens. Em vez disso, se você está nervoso ou agitado, dê um passeio no aeroporto. Use o exercício como um redutor de estresse.
Encontrar comida saudável no aeroporto pode ser um desafio para aqueles com necessidades dietéticas especiais, mas não é impossível. O ideal é que você se informe e pesquise suas opções antes da viagem. Planeje com antecedência, vá ao site do aeroporto e descubra exatamente o que os locais para comer oferecem para você e para os seus filhos para não ser pego de surpresa.

Refeições prontas para crianças podem conter excesso de sal e açúcar

batata frita

Com os altos níveis de obesidade infantil, é importante buscar uma dieta saudável para as crianças desde cedo. Neste mundo atribulado da atualidade, muitas vezes preferimos usar produtos pré embalados, como salgadinhos e bolachas, a usar bolos, sanduiches e sucos naturais feitos em casa para o lanche de nossos filhos.
Um novo estudo publicado em março na Pediatrics descobriu que uma quantidade significativa de refeições e alimentos prontos para crianças vendidos nos EUA são ricos em sódio ou açúcar. Os pesquisadores examinaram o conteúdo de sódio e açúcar de refeições, lanches, frutas, legumes, cereais secos, sucos e sobremesas de 1100 crianças.
Nas análises de 79 grãos misturados e frutas, 41 continham adição de açúcar e 35 destes alimentos continham mais de 35% de calorias vindas do açúcar adicionado. 72% das refeições das crianças eram ricas em sódio, que continham mais de 210 mg por refeição, muito acima do recomendado.
Em média, os lanches à base de frutas secas continham 60 gramas de açúcar e 66% de calorias de açúcares totais. Os açúcares adicionados mais comumente utilizados foram: Suco de frutas concentrado (56%); Açúcares de outras fontes (33%); Açúcar de cana (20%); Xarope (15%) e Malte (7%).
Os autores do estudo concluíram que muitos tipos de alimentos infantis têm alto índice de açúcar ou teor de sódio, o que é bastante preocupante. O conselho é que os pais leiam os rótulos nutricionais e escolham os produtos com baixa adição de açúcar e sódio.
Reduzir a ingestão de sódio e açúcar na fase inicial da vida pode ajudar a definir preferências de gosto e ajudar as crianças a fazerem escolhas alimentares saudáveis ​​na vida adulta. Além disso, os bons hábitos também previnem seu filho contra obesidade e hipertensão.

A marcha e a criança


marcha
Que criança nunca brincou de “marcha soldado” ao menos uma vez na sua vida? Que não foi policial, bombeiro e soldado? Que não fez chapéu de jornal e marchou feliz? Certamente a marcha faz parte de nossas brincadeiras infantis e é essencial para o desenvolvimento motor. Mas, o que é exatamente a marcha? Por que ela é tão importante?
A marcha é um sequencia repetitiva de movimentos de membros inferiores (pernas) que move o corpo para frente enquanto, simultaneamente, mantém a estabilidade no apoio. Na marcha, um membro atua como um suporte que gera o movimento, sempre em contato com o solo, enquanto o outro avança no ar. Os movimentos são cíclicos e esses membros vão alternando suas ações a cada passo.
O desenvolvimento motor normal da criança é totalmente perceptível. A aquisição da marcha decorre da evolução das várias etapas desde seu nascimento: rolar, sentar com e sem apoio, arrastar, engatinhar, permanecer em pé, andar com e sem apoio até que a criança adquira a habilidade íntegra de caminhar de forma bipedal, isto é, locomoção sobre dois pés. O início da marcha independente é considerado normal, segundo especialistas, até a idade de 18 meses.
O ciclo da marcha é dividido em duas fases, conhecidas como: fase de apoio e fase de balanço. No início a criança mantém suas pernas mais afastadas para aumentar o equilíbrio, assim como os joelhos e quadris levemente flexionados. Os braços geralmente ficam abertos à frente do corpo. Para que a criança desenvolva o andar e possa fazer uma marcha perfeita faz-se necessário ganhar confiança. Até que o movimento esteja automatizado e confiante para a criança ela costuma “correr”, como dizem muitos pais, mas na verdade é porque a criança acelera o movimento aéreo para evitar o desequilíbrio. Entre as idades de 1 e 3 anos, essa marcha, portanto, possui mais passos por minuto do que a executada por uma criança de 5 anos, por exemplo. Esse ritmo vai diminuindo com o processo de maturação do sistema nervoso central, permitindo uma maior coordenação dos movimentos. Aos poucos a marcha vai ficando mais específica e refinada. Exige da criança uma integração entre membros superiores e inferiores, entre os lados direito e esquerdo, entre o frente e trás, entre o “em cima” e “em baixo”.
É normal que qualquer alteração na marcha das crianças seja um motivo de preocupação constante para os pais. O correto conhecimento do padrão de marcha normal permite o diagnóstico e tratamento precoce de qualquer patologia que possa prejudicar ou dificultar a marcha da criança. Por isso a análise de um ortopedista é de suma importância para o correto acompanhamento e detecção de possíveis patologias. É válido lembrar que o desenvolvimento da criança é pessoal, único e intransferível. Não é necessário acelerar, mas sim, estimular de maneira correta e divertida.

Atendente paga sobremesa de um garoto que não tinha dinheiro suficiente, e ganhou muito mais que um agradecimento


Pequenos gestos são mais valiosos do que podemos imaginar! Um desses foi de um atendente da rede de restaurante texana Freddy’s chamado Travis Sattler, que pagou uma sobremesa a um garoto que não tinha dinheiro suficiente.
Em um vídeo publicado pela TV Khou, vemos Travis no final de seu expediente quando um garoto se aproximou querendo uma sobremesa, pois ele não tinha dinheiro suficiente – apenas dois dólares. E então o atendente resolveu ele mesmo pagar, utilizando seu cartão de crédito.
Passado cerca de meia hora, o garoto que havia sido ajudado deixou um recado de agradecimento: “Obrigado por ser tão gentil e por ter pago pela minha sobremesa. Precisamos de mais pessoas como você”. Enrolada na mensagem, estava uma nota de cem dólares.
“Eu gosto de pensar que gerei um bom impacto sobre o dia deles, que eu o iluminei, assim como eles iluminaram o meu dia”, afirmou o atendente à TV Khou. Com a repercussão da notícia, o jovem também ganhou presentes dos fundadores da rede Freddy’s e um cheque com mais cem dólares. O rapaz afirma que vai usar o dinheiro no pagamento de sua faculdade de Enfermagem. Assista ao vídeo:
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Cães de rua vão ao funeral de mulher que passou a vida inteira cuidando deles

Depois de uma longa vida de gentileza e cuidado com todos os animais que ela conheceu, Margarita Suarez, uma amante dos animais, em Mérida, no México, recebeu uma homenagem inesperada em seu funeral – uma matilha de cães de rua e até mesmo um pássaro, que se apresentou para prestar suas homenagens. Suarez era conhecida (por ambos os seres humanos e animais) por alimentar muitos e muitos animais que se reuniam em sua porta todas as manhãs, e sempre andava com um saco de comida com ela onde quer que fosse, para que pudesse alimentar todos os animais famintos que ela encontrasse.
No começo os administradores da funerária não sabiam muito o que fazer, mas logo perceberam que a melhor a coisa a ser feita era deixá-los por lá, afinal eles também queriam se despedir de sua protetora e amiga. Os cães seguiram o carro fúnebre de Suarez até a funerária, dispersando apenas quando corpo estava sendo preparado para a cremação. Veja algumas fotos:
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Fotógrafo mostra a rotina de pais suecos que tiraram um ano de licença paternidade

Pois, ainda dentro do assunto paternidade, a Suécia saiu na frente e concebeu licença parental também para o pai. Por lá, a licença é de 480 dias de licença para o casal, sendo que cada um é obrigado a tirar pelo menos 60 dias, e o restante dividir como quiser. Alguns pais optam por ficar até um ano inteiro cuidando do filho, e o fotógrafo Johan Bävman resolveu documentar a rotina deles durante todo esse ano de vivência entre pais e filhos.
Apesar dos benefícios, Bävman diz que apenas 12% dos pais suecos compartilham os 480 dias em igualdade com os seus parceiros. Ele então fez uma série intitulada “Swedish Dads”, onde o fotógrafo decidiu retratar a vida destes pais que assumiram a tarefa de criar os filhos.
O objetivo, segundo Johan, é entender “a razão pela qual eles querem ficar em casa com as crianças e o que esperam aprender com isso.” Veja algumas dessas belas fotos:
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Johan Ekengård, 38, desenvolvedor de produtos: “Ganhei confiança como pai, consegui entender melhor minha parceira e criei laços mais fortes com meus filhos.”
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Urban North, 32, consultor de infraestrutura: “Minha mulher e eu tentamos ser o mais igual possível em nossa vida diária.”
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Loui Kuhlau, 28, artista: “Se eu não tivesse a oportunidade de ficar em casa com nosso filho por quase um ano, eu provavelmente não teria o conhecido tão bem e entendido suas necessidades.”
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Samad Kohigoltapeh, 32, engenheiro civil: “Acho que é importante para os filhos terem a presença do pai desde cedo em suas vidas.”
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Ola Larsson, 41, comprador: “É uma verdadeira dádiva poder criar laços emocionais tão fortes com os filhos.”
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Tjeerd van Waijenburg, 34, desenvolvedor de produtos: Fui encorajado no trabalho a tirar licença-paternidade, o que foi bom. É uma pena que pais de outros países não tenham essa vantagem como na Suécia.”
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Andreas Bergström, 39, oficial de justiça: “Meus filhos confiam tanto em mim quanto na mãe. Saber que posso confortá-los é algo importante para mim.
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Göran Sevelin, 27, estudante: “Ao ficar em casa, tenho mais tempo para me conectar com minha filha e isso é muito importante para nosso futuro juntos.”
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Marcus Pranter, 29, comerciante de vinhos: “Minha parceira e eu somos igualmente responsáveis por colocar nosso filho no mundo, então dividimos a responsabilidade de criá-lo.”
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Martin Gagner, 35, administrador: “Sinto culpa por não ter ficado em casa com a Matilda (primeira filha) tanto quanto agora com o Valdemar (caçula). Tenho medo que isso enfraqueça nossa relação no futuro.”

domingo, 29 de março de 2015

5 motivos para você usar a fralda-calça

Eu não sei se você sabe, mas em países como o Japão, as mães praticamente só utilizam esse tipo de fralda, justamente porque ela é mais fácil de vestir (e também de tirar – basta rasgar as laterais) e não costuma vazar. A fabricante nº 1 de fraldas no Japão lançou no Brasil a fralda-calça Mamypokoque está disponível em vários supermercados, drogarias e online. Aliás, se você tem curiosidade em testá-la, a dica é que eles estão com uma promoção interessante (vale até 31/05): Mamãe Feliz ou dinheiro de volta. A empresa que fabrica a MamyPoko, a Unicharm, confia tanto na  qualidade dessa fralda quedisponibiliza o dinheiro de volta para qualquer mãe que não estiver satisfeita com o produto. Olha o selo aqui na embalagem:
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Minha experiência com esse tipo de fralda, a fralda-calça, foi muito positiva, e eu percebi que ela é especialmente interessante em algumas situações:
  • Na troca de bebês que não ficam quietos. Sabe aquele bebê curioso, que fica virando de um lado para o outro, e só falta virar cambalhota durante a troca da fralda? Pois em vez de fazer mil malabarismos para segurá-lo, fechar as fitas adesivas e ter que refazer o serviço completo (porque a fralda convencional ficou mal colocada), você pode simplesmente vestir a fraldinha como uma cueca/calcinha. É muito mais rápido e a fralda fica mais certinha no corpo do bebê.
  • Para bebês em que as fraldas convencionais sempre vazam. Conheço algumas mães que reclamavam de vazamento com as fraldas convencionais (pois diziam que era difícil ajustá-las ao formato do corpinho do seu bebê) e que se deram muito bem com o modelo de fralda-calça. Aliás, é importante dizer que a fralda-calça não é recomendada apenas para o bebê que já anda – elas podem ser usadas também nos menorzinhos.
  • Para trocar o bebê fora de casa. Há lugares com pouca ou nenhuma infraestrutura para os pequenos, não é verdade? Quem é mãe sabe que trocar a fralda nessas ocasiões é um parto! Certa vez tive que trocar Catarina no banheiro do avião, e se não estivesse com uma fralda-calça, teria sido muito mais difícil.
  • Quando você quer deixar o bebê só de fraldinha. Conforme o bebê se mexe, a fralda convencional vai “desmontando”, sem estar amparada por uma calça ou short. A fralda-calça é bem mais prática nesse sentido, e permanece no lugar, mesmo que o filhote corra pela casa.
  • Na época do desfralde. Em geral não fazemos o desfralde diurno e noturno na mesma época. E é muito comum que o bebê que passou a usar calcinha ou cueca durante o dia, não aceite usar a fralda convencional à noite. Como a fralda-calça é também de vestir e ele pode colocar em pé, em geral não há essa recusa.
Recentemente eu recebi a fralda da MamyPoko para testar, e fiquei curiosa em saber se ela realmente tinha capacidade de absorver cinco copos de água, como a embalagem dizia. Claro que fiz o teste para contar o resultado para vocês:
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Preparei o equivalente aos cinco copos de água (um “xixi” e tanto!), e coloquei um pouquinho de tinta para conseguir localizar sua distribuição na fralda. Joguei todo o conteúdo de uma só vez, e realmente a fralda chupou tudo, sem vazamento nas laterais.
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre a MamyPoko, recomendo o site da marca. É só clicar aqui.

APÓS SER MÃE DE FORMA INESPERADA, NADADORA COM DOWN CHEGA AO TOPO

Kelly Antunes, de Itanhaém, ganhou o título no Mundial do México, em 2014.

Nadadora já ganhou 200 prêmios e é considerada a melhor do mundo.

Mariane Rossi, Do G1 Santos
No dia mundial da síndrome de down, celebrado neste sábado (21), uma moradora de Itanhaém, no litoral de São Paulo, tem muito o que comemorar. Após driblar os obstáculos impostos pelas próprias limitações e, graças ao empenho e dedicação, ela se tornou um exemplo para outras pessoas. Aos 33 anos, Kelly Antunes é mãe, atleta e muito especial.
Ela se tornou a melhor nadadora do mundo com Síndrome de Down Mosaico que afeta 3% dos portadores da Síndrome de Down devido a uma porcentagem das células com a trissomia do cromossomo 21 e uma outra porcentagem sem a trissomia. A Síndrome de Down Mosaico tem poucas diferenças notáveis com relação às características da pessoa com Síndrome de Down.
No currículo da atleta, são mais de 200 premiações, entre medalhas e troféus. Sua maior conquista, porém, é ser respeitada pelo filho, pela família e por atletas de vários países por causa da força de vontade que demonstra.
A mãe de Kelly, a dona de casa Albertina da Silva, ficou grávida aos 17 anos. Ela descobriu que a filha tinha Síndrome de Down Mosaico nos primeiros dias após o nascimento da menina. Na época, elas moravam em São Paulo. “A pediatra falou que ela era um pouco diferente. A gente levou ela na USP e foi confirmado”, conta. Aos poucos, ela foi entendendo a doença e sabendo lidar com a filha. “Eu fiquei um pouco chocada, não sabia como eu ia cuidar. Na Apae, começamos a nos tratar com psicóloga. Eu comecei a entender melhor o problema”, diz Albertina.
Kelly é a melhor nadadora Sindrome de Down Mosaico do mundo (Foto: Mariane Rossi/G1)Kelly é a melhor nadadora Sindrome de Down Mosaico do mundo (Foto: Mariane Rossi/G1)
Aos 18 anos, a jovem recebeu uma notícia que deixou a família muito preocupada. Ela ficou grávida de um menino. “Foi uma surpresa não só para mim como para todo mundo. Só namorávamos. Foi inesperado. Eu aceitei mas foi dificil”, disse Kelly. “Ninguém aceitava. Pensavam que a criança poderia nascer com algum problema. Eu que decidi e falei que a criança ia nascer, falei para ela que iria dar tudo certo, que iamos dar amor e carinho, do mesmo jeito que ela veio. Foi uma alegria”, completa a mãe. Igor já tem 15 anos e, atualmente, mora com o pai em São Paulo, por um acordo entre as famílias. Mas, todos os dias, conversa com a mãe.
Pouco tempo depois, Kelly e a mãe se mudaram para Mongaguá, no litoral de São Paulo. Depois da gravidez e de se ver separada do filho após um acordo familiar, quando o menino tinha apenas dois anos de idade, ela resolveu se dedicar totalmente a natação, o esporte que ela tinha iniciado aos 12 anos em São Paulo.
Kelly e a mãe Albertina, no Complexo Aquático, em Itanhaém (Foto: Mariane Rossi/G1)Kelly e a mãe Albertina, no Complexo Aquático, em Itanhaém (Foto: Mariane Rossi/G1)
Kelly começou a nadar no Complexo Aquático Harry Forssel, em Itanhaém, e descobriu que tinha alergia ao cloro. “Começa a irritar o meu nariz. Também tenho um pouco de falta de ar e minha pele fica vermelha, começa a me dar coceira. Mas eu não desisti de nadar”, afirmou.
A técnica e coordenadora de paradesporto da cidade, Milena Pedro de Morais, acompanhou Kelly desde o início do treinamento e viu a evolução dela nos treinos e na vida pessoal (confira o vídeo). A jovem começou a participar de campeonatos regionais, estaduais, brasileiros até chegar a competições mundiais no Equador, Argentina, Suécia, Itália e Portugal.
Kelly participou de oito provas e ganhou oito medalhas de ouro no Campeonato Mundial de Natação para pessoas com Síndrome de Down, realizado em novembro do ano passado no México. Além disso, ganhou o prêmio de Melhor Nadadora com Síndrome de Down Mosaico do Mundo. “Apesar de algumas dificuldades com a piscina, já que a água estava muito gelada, eu consegui me superar. Foi legal, muito bom e divertido. Eu amei. Fui a melhor do mundo, ganhei oito medalhas de ouro”, afirmou ela.
Atleta e a técnica de natação Milena de Morais (Foto: Mariane Rossi/G1)
Atleta e a técnica de natação Milena de Morais
(Foto: Mariane Rossi/G1)
A técnica, que estava no Brasil, não aguentou a euforia. “Você vê que é a concretização de um trabalho. Eu não dormia mais. É um orgulho para a gente”, fala Milena. A mãe, que também não pôde acompanhar a filha na competição, ficou muito feliz com mais uma conquista dela. “A emoção da gente vai longe. Fiquei muito feliz. A gente fica com o coração apertadinho porque ela estava longe. Ela é um orgulho”, afirma Albertina.
Atualmente, Kelly é integrante da equipe brasileira de natação de pessoas com deficiência intelectual. A atleta representa a equipe de natação paralímpica de Itanhaém e da Associação Desportiva JR, onde também recebe orientação com os técnicos Roberto Di Cunto e Cris Heitzmann.
Kelly não acredita que ter síndrome de down atrapalhe o seu desempenho na piscina e na vida. “Na natação eu não tenho muitas dificuldades, apesar de ser um pouco mais lenta, eu consigo chegar. Eu desejo continuar nadando, participar de competições até eu não aguentar mais. Eu me sinto bem, esqueço todos os meus problemas. Nadar me faz bem, me faz feliz”, disse.
Apesar das situações que a vida coloca como obstáculo, Kelly quer sempre estar passando por todos eles. A mãe dela é testemunha dessa luta diária a favor da felicidade. “Ela é muito dedicada e, mesmo com dificuldade, ela consegue”, afirmou Albertina.
Kelly dentro da piscina, após treino em Itanhaém (Foto: Mariane Rossi/G1)

Amor do pai é uma das maiores influências da personalidade da criança

Que o amor materno é fundamental para a vida de qualquer criança, não temos qualquer dúvida. Aliás, em pleno século XXI, nossa cultura ainda coloca sob responsabilidade (quase que exclusiva) da mãe os cuidados com os filhos (é uma criança que faz birra? Que bate no amiguinho? Que vai mal na escola? “A culpa é da mãe”, não é assim que ouvimos comumente por aí?).
Mas como fica o papel do pai nessa história? Pois um estudo recente mostrou que ele é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos EUA, demonstraram que crianças de todo o mundo tendem a responder da mesma forma quando são rejeitados por seus cuidadores, ou por pessoas a quem são apegadas emocionalmente. E quando essa rejeição é do pai, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ela causa marcas profundas.

amor de pai
Segundo os estudiosos, que avaliaram 36 trabalhos envolvendo mais de 10.000 pessoas, entre crianças e adultos, a rejeição paterna tem essa influência tão marcante porque, em primeiro lugar, é mais comum do que a materna. E também porque a figura do homem é associada a prestígio e poder – ou seja, para a criança, é como se ela tivesse sido esquecida ou preterida por alguém que todos consideram importante.
Agora vem a parte mais triste: o estudo mostrou que as crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade.
A boa notícia é que um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta. Se o pai do seu filho é exatamente assim, compartilhe o post com ele – tenho certeza de que ele adorará saber disso!

Saiba por que não dar ovo com brinquedo de Páscoa

Ovos expostos em supermercado (Foto
Criança pega ovo exposto em supermercado (Foto:  Sérgio Carvalho – 5.abr.2012/Folhapress)

Ao entrar em qualquer supermercado nesses dias que antecedem a Páscoa dá a nítida impressão de que você está no lugar errado. Seria ali uma loja de brinquedos?
Não é, mas parece. A cada ano, os ovos de Páscoa para o público infantil  estão mais caros porque  vem acompanhados de brinquedos  maiores e mais atrativos aos olhos da criançada. Os brinquedos são na verdade objetos simples, como canecas, maletinhas, bonecos pequenos, normalmente feitos de plástico e de pouca durabilidade. Mas, que criança que não vai querer ter mais um super-herói, ou princesa ou outro personagem favorito em casa?
Ao se deparar com aquele corredor colorido, a cena no mercado se repete diariamente. A criança olha aquele atrativo e quer levar pelo menos um para casa. Os pais, muitas vezes cedem e compram e, outros, resistem mesmo aguentando birras e choros incessantes do filho que, muitas vezes, nem sabe o que é Páscoa e que ali tem um chocolate junto.
A Páscoa deixou de ter um caráter religioso para ser uma época de lucro, principalmente, com o público infantil, da mesma forma que já acontece no Natal e no Dia das Crianças. A opinião é da advogada do Instituto Alana, Ekaterine Karageorgiadis, que explica que  os fabricantes de ovos de Páscoa ferem a resolução 163 do Conanda  (Conselho Nacional da Criança e do Adolescente), que proíbe a publicidade voltada para o público infantil e o Código de Defesa do Consumidor, que proíbe a venda casada.
“Se comparar o preço de um chocolate de 150 gramas normal com um de ovo a diferença é grande. Um ovo chega a custar cinco, seis, até sete vezes mais. Então, o brinquedo não é brinde, está sendo vendido junto”, comenta.
Segundo ela, nessa época também acontece um consumo desenfreado e desnecessário pois uma criança não ganha só um ovo. Normalmente os pais dão um, ganha outro das tias, dos avós, dos primos, etc. “Essa é uma época para refletir, conversar com os familiares e fazer um análise sobre o próprio consumo. Dá para fazer uma Páscoa divertida sem comprar tanto”, orienta. Isso sem mencionar que doce em excesso não faz bem para ninguém, muito menos para as crianças.
Além dos brinquedos que vem com o ovo, as estratégias publicitárias vão além. Nesta época do ano, comerciais na TV mostram ainda brinquedos que são colocados em embalagens de acrílico no formato de ovo para que a criança peça um brinquedo na Páscoa.
PARA MENINOS E MENINAS
Fora que nos últimos anos há ainda mais algo no setor ovos de Páscoa: chocolates para meninos e para as meninas. “A separação que já existe nas lojas de brinquedos agora também é feita nos supermercados nas vendas dos ovos”, comenta.
A pedagoga Patrícia Paiva, 30, ficou surpresa ao ver os ovos divididos em setores “para meninos” e “para meninas”. “Fico me perguntando qual será a escolha das meninas que curtem batman, homem-aranha, capitão américa e dos meninos que amam o filme da Frozen, por exemplo”, comenta. A filha dela, Manuela, 3 anos, não gosta de chocolates, então, ela acredita que será mais fácil combater o consumismo desenfreado dessa época do ano.
Placa indica ovos para meninos e meninas (Foto: Patricia Paiva)
Ovos para meninos e meninas (Foto: Patricia Paiva)
“Fazem com que os pequenos inocentes fiquem encantados, desejem e tornem-se pequenos fiéis consumidores. Essa separação de ‘meninos’ e ‘meninas’ é uma reafirmação da sociedade machista em que vivemos”, comenta.
O MILC (Movimento Infância Livre de Consumismo) lançou uma campanha nas redes sociais para informar que a prática é abusiva e aconselha os consumidores a boicotarem a compra desses produtos.
QUAIS AS ALTERNATIVAS?
Os pais têm várias alternativas para fazer a Páscoa da garotada divertida. Uma delas é o chamado “comprar de quem faz”. Ou seja, comprar de pessoas que fazem o chocolate caseiro e que não vai vir associado a nenhum personagem ou brinquedo.
Os pais também podem adquirir ovos menores que, além de mais baratos, não vem com brinquedos. Outra alternativa é pintar ovos de galinha junto com as crianças e depois escondê-los pela casa em um verdadeiro ‘caça aos ovos’. A diversão certamente é garantida assim como fazer ‘caça aos ovos’ com mini ovos de chocolate que também são bem mais em conta.
ONDE DENUNCIAR?
Além de não comprar, a advogada do instituto Alana e o MILC pedem que os consumidores reclamem com as empresas e ainda procurem o Procon de sua cidade ou outros órgãos competentes como o Idec, Ministério Público Federal, entre outros. No  site do Projeto Criança e Consumo também é possível registrar uma queixa.

FINLÂNDIA SERÁ O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A ADOTAR TRANSDISCIPLINARIDADE EM TODAS AS ESCOLAS.


Atualização: O título original deste artigo era “Finlândia será o primeiro país do mundo a abolir a divisão do conteúdo escolar em matérias”. O título e alguns trechos do artigo foram alterados após autoridades educacionais finlandesas se manifestarem afirmando que algumas informações divulgadas na matéria original do The Independent, nas quais este texto foi baseado, estão equivocadas. Até este momento, o The Independent continua mantendo a sua versão inicial, mas o Rescola optou por se ater às informações confirmadas pelo Finnish National Board of Education. Além disso, publicamos um artigo de Pasi Sahlberg, um dos maiores especialistas mundiais em reforma educacional, esclarecendo os pontos controversos e trazendo maiores informações. (28.03.2015)

finlandiaseraoprimeiropaisaabolirmaterias00_01A campainha toca, mas, em vez da aula de História, começa a aula de “Primeira Guerra Mundial”, planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e (por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.
À tarde, outro sinal, mas os alunos não vão ter aula de Biologia. Hoje a aula é sobre “Ecossistema Polar Ártico”, ministrada pelos professores especializados em Biologia, Química, Geografia e o de Matemática, que percebeu que os dados sobre o derretimento das geleiras seriam úteis para o estudo de Estatística.


Em pouco tempo, cenários como esse, que já são comuns nas principais escolas da capital Helsinki, poderão ser encontrados em toda a rede de ensino do município e nas cidades do interior. O objetivo é claro:
A Finlândia quer ser o primeiro país do mundo a adotar em todas as suas escolas o ensino por “Tópicos” multidisciplinares (ou “Fenômenos”, conforme a terminologia adotada pelos educadores finlandeses).
Há anos, a educação finlandesa vem sendo considerada a melhor do mundo. Com “segredos” como valorização dos professores, atenção especial aos alunos com mais dificuldades, valorização das artes e de diferentes formas de aprendizagem e uma radical redução no número de provas e testes, o país tem consistentemente dividido as mais altas posições nos rankings do PISA (Programme for International Student Assessment, ou Programa para Avaliação Internacional de Estudantes) com Cingapura, mas com as vantagens de oferecer uma educação universalmente gratuita e livre dos tremendos níveis de estresse aos quais os estudantes asiáticos são submetidos.
Apesar dos excelentes resultados (ou talvez por causa deles), a Finlândia pretende continuar repensando e aprimorando seu sistema educacional. “Não é apenas Helsinki, mas toda a Finlândia que irá abraçar a mudança”, afirma Marjo Kyllonen, gerente educacional de Helsinki. “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21.”
Naturalmente, a ideia de substituir “Matérias” por “Fenômenos” como forma de dividir o conteúdo escolar e apresentá-lo aos alunos sofreu resistência inicial, principalmente dos professores e diretores que passaram suas vidas se especializando e se preparando para ensinar matérias. Mas com suporte do governo – inclusive incentivos financeiros através de bonificações para os professores que aderissem ao método – os professores foram gradualmente se envolvendo e hoje aproximadamente 70% dos professores das escolas de ensino médio da capital já estão treinados e adotando essa nova abordagem.
Atualmente, as escolas finlandesas já são obrigadas a oferecer ao menos um período de ensino transdisciplinar baseado em Fenômenos por ano. Na capital Helsinki, a reforma está sendo conduzida de forma mais acelerada, com as escolas sendo encorajadas a oferecer dois períodos. A previsão de Marjo Kyllonen é de que em 2020 a transição estará completa em todas as escolas do país.