segunda-feira, 9 de março de 2015

É virose!

Tudo sobre o diagnóstico mais comum da infância!

Crianças-com-virose
Febre, coriza, falta de apetite, irritabilidade. O pediatra diz, sem titubear: é virose! Prepare-se para ouvir esse diagnóstico com frequência nos primeiros anos de vida do seu filho. “O problema é que existem inúmeros vírus e os sintomas são semelhantes”, explica a pediatra Milena de Paulis, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Além disso, o sistema imunológico dos bebês está em desenvolvimento, o que significa que nessa fase eles estão mais suscetíveis a infecções. Por isso, é normal uma criança saudável ter de oito a dez viroses por ano, segundo a especialista. E as que frequentam creches ou berçários, por causa do contato com outras crianças, ficam doentes com mais assiduidade.
As viroses que atacam o sistema respiratório, como a gripe, são bastante comuns nas estações frias. Isso porque a tendência é que os ambientes fiquem fechados, o que favorece a proliferação desses tipos de vírus. Além disso, o clima seco típico do inverno no Brasil faz com que a mucosa nasal fique ressecada e, assim, os agentes infecciosos entram no organismo com mais facilidade. Os sintomas característicos são nariz entupido, febre, tosse e coriza.
Já as viroses gastrointestinais costumam surgir no verão e são causadas principalmente por coliformes fecais encontrados na água (mar, piscina, etc.) e em comidas expostas ao calor. Em consequência, a criança pode sofrer vômito, náusea, diarreia, febre e cólicas abdominais.
Como tratar
Como não existem medicamentos que eliminem a maioria do vírus, o tratamento consiste em amenizar o desconforto da criança. No caso da diarreia, por exemplo, é necessário oferecer bastante líquido à criança, assim como hidratá-la com soluções orais específicas. “Nos quadros respiratórios, o mais importante é fazer inalação e lavagem nasal com soro fisiológico. A medida evita que os fluidos se acumulem nas vias aéreas e na região do ouvido, formando ali um ambiente propício para a proliferação de bactérias”, afirma a pediatra. Outros sintomas como febre e dores no corpo podem ser tratados com analgésicos e antitérmicos indicados pelo pediatra.
Por último, o paciente tem de repousar – o que nem sempre é fácil para as crianças. Vale reforçar que, se o seu filho estiver com virose, ele não deve ir ao berçário ou à escola. Isso porque, além de transmitir o vírus aos colegas, como o organismo está debilitado, ela pode se contaminar com outras doenças.
Em geral, o vírus cumpre o seu ciclo em até cinco dias e os sintomas desaparecem espontaneamente. O risco é a família se precipitar e medicar a criança sem necessidade ou, pior ainda, com o remédio inadequado. “Não adianta tratar a criança com antibiótico, que combate bactérias, se o quadro infeccioso for provocado por um vírus”, exemplifica Milena.
Quando levar ao pediatra
Não é necessário correr ao pronto-socorro sempre que o seu filho tiver alguma virose. Se a criança tem febre, mas, quando medicada, apresenta-se disposta, tudo bem. Apenas comunique o pediatra, que vai monitorar o quadro e solicitar uma consulta, caso julgue necessário. No entanto, se mesmo sem febre, ela ficar prostrada ou tiver dificuldade para respirar, deve ser avaliada por um médico o quanto antes. Vômitos frequentes e diarreia também merecem atenção, principalmente se o seu filho não aceitar nenhum líquido, pois há risco de desidratação.
É possível evitar?
Existem vacinas que combatem certos vírus, como alguns tipos de gripe, rotavírus (que causa diarreia) e o da catapora. Nesse caso, vacinar o seu filho é a melhor forma de prevenção. Os pais e cuidadores também devem ter a carteira de vacinação em dia. Mantenha a casa arejada, mesmo em dias frios. Além disso, evite o contato com pessoas doentes e lave as mãos antes de pegar o bebê (assim como antes e após a troca de fraldas). Nos maiores, incentive o hábito de lavar as mãos com frequência. A amamentação também tem um papel importante aqui, já que os anticorpos maternos são transmitidos ao bebê por meio do aleitamento até o sexto mês de vida.
FONTE: REVISTA CRESCER

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