Você deve ter ouvido falar sobre o surto de sarampo que está ocorrendo nos Estados Unidos.
Ele começou em dezembro na Disneylândia, localizada na Califórnia, e
rapidamente se espalhou para 17 estados, contaminando mais de 120 pessoas. A
doença é causada por um vírus e a contaminação acontece pelo ar. O único meio
de se proteger é com vacina. No entanto, pais que se posicionam contra a
imunização dos filhos estariam promovendo a chamada “festa do sarampo”.
Trata-se de criar encontros entre crianças saudáveis e infectadas para que as
que ainda não pegaram a doença possam se contaminar e, assim, ficar imunes ao
produzir anticorpos.
As autoridades de saúde estão alertando
as famílias para que não realizem esse tipo de atividade, pelos perigos que a
doença traz. "Nos posicionamos fortemente contra a exposição intencional
de crianças ao sarampo, uma vez que essa atitude as coloca em risco
desnecessário e pode contribuir para a propagação do surto," anunciou em
pronunciamento o Departamento de Saúde pública de Califórnia.
Eles ressaltam que, além dos sintomas
que o sarampo ocasiona (pintinhas vermelhas pelo corpo, febre alta e manchas
brancas na parte interna das bochechas), ele pode levar à pneumonia, edema
cerebral e até à morte.
Todos os 50 estados americanos têm
legislação que exige vacinas para as crianças. Porém, em 20 deles são aceitas
exceções de famílias que preferem não imunizar os filhos por motivos religiosos
ou por crenças pessoais. A Califórnia, onde esse surto começou, é um desses
estados.
Os sem vacina
O principal argumento dos adeptos do
movimento antivacina é que elas seriam pouco seguras e capazes de causar
autismo nas crianças. No entanto, os médicos e as autoridades garantem que esse
risco não existe.
A Autism Speaks, uma das principais organizações americanas que patrocina a pesquisa do autismo, fez um alerta em seu site: “Durante os últimos 20 anos, extensos estudos procuraram por alguma relação entre as vacinas e o autismo. Os resultados foram claros: vacinas não causam autismo. Nós pedimos que todas as crianças sejam vacinadas”.
A Autism Speaks, uma das principais organizações americanas que patrocina a pesquisa do autismo, fez um alerta em seu site: “Durante os últimos 20 anos, extensos estudos procuraram por alguma relação entre as vacinas e o autismo. Os resultados foram claros: vacinas não causam autismo. Nós pedimos que todas as crianças sejam vacinadas”.
As festas do sarampo não são um
fenômeno recente. Elas foram populares nas décadas de 1950 e 1960, quando houve
surtos nos EUA. Nos anos 1980, ficaram famosas as festas da catapora. E, na
década atual, aconteceu o mesmo com o vírus da gripe. Agora que o sarampo
voltou a aparecer, a velha prática parece ter voltado à moda.
Pela consciência
Nos Estados Unidos, os profissionais de
saúde têm enfrentado o desafio de tentar conscientizar os pais. Eles tentam
ensinar que a vacina protege não só a criança, mas também todos que estão ao
redor, como os bebês que ainda não têm idade para serem vacinados (a vacina só
pode ser dada a partir de 12 meses). Na cidade de Chicago, por exemplo, foi
anunciado que cinco bebês de uma creche contraíram sarampo e pelo menos 15
outros também podem ter sido contaminados. Eles podem ter pegado de um irmão
mais velho ou de um cuidador sem vacina.
É válido lembrar que, apesar de o número de casos ter caído nas últimas décadas, o vírus ainda circula pelo mundo. Pelo novo calendário brasileiro, a primeira dose deve acontecer quando a criança completa 1 ano de vida e, a segunda, três meses depois. Adultos devem receber um reforço da vacina pelo menos uma vez. Se a mulher pretende engravidar, pode tomar cerca de 3 meses antes da concepção.
É válido lembrar que, apesar de o número de casos ter caído nas últimas décadas, o vírus ainda circula pelo mundo. Pelo novo calendário brasileiro, a primeira dose deve acontecer quando a criança completa 1 ano de vida e, a segunda, três meses depois. Adultos devem receber um reforço da vacina pelo menos uma vez. Se a mulher pretende engravidar, pode tomar cerca de 3 meses antes da concepção.
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