sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Estudos confirmam: bicicletas vão ultrapassar quantidade de carros em Londres

Se você já é apaixonado por Londres, agora então vai ter certeza de que lá é seu lugar no mundo.
Estudos da Transport for London indicam que o número de bicicletas vai ultrapassar o de carros nos próximos anos.
O relatória indica ainda que o número de veículos nos horários de pico diminuiu na área central da capital da Inglaterra nos últimos 10 anos.

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Tendências por meio de transporte durante o pico da manhã na área central de Londres (Bicicletas em verde) / Divulgação – TfL
Segundo a pesquisa, em 2000, apenas 12 mil pessoas utilizavam a bicicleta como meio de transporte nos horários de pico, enquanto que em 2014 esse número passou para mais de 36 mil, ou seja, triplicou.
Já quando o assunto é número de ciclistas que circulam pelas ruas em qualquer hora do dia, passou de 40 mil pessoas em 1990 para 180 mil pessoas em 2014.
Essa mudança representa uma grande melhora na qualidade do ar, que atualmente é muito poluído na região metropolitana, mais qualidade de vida para a população, que abandona o sedentarismo, e menos estresse, sem o caos e trânsito na vida delas.
E para incentivar e apoiar essa realidade, Londres está investindo em ciclovias por todas as ruas.

Fonte: Mobikers

Este comercial vai te levar de volta para a pureza dos sonhos das crianças

A primeira vez que apertei o play nesse comercial da Turkish Airlines, – sim, primeira, porque é impossível não assistir novamente – eu pensei que não entenderia nada, pois é um idioma que não compreendo e sem legendas, mas que bom que fui curiosa.
A música suave de fundo, a ingenuidade das crianças junto com aquela coisa linda de sempre acreditar e fazer acontecer, tudo nesse curto vídeo faz você se teletransportar para o mundo delas, um lugar mágico, puro, que sonhos se realizam, por mais impossíveis que possam parecer.
O gesto no final que torna tudo real e ao mesmo tempo encantado. Não à toa o nome do vídeo é “Dream”.
Só de pensar no comercial deles me pego sorrindo novamente. Sensação boa, por isso eu digo, se presentei com esse vídeo:





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Crianças leem para cães que sofreram maus tratos e os ajudam a interagir com humanos


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A doçura das crianças prova, mais uma vez, o seu poder regenerador.

No Estado do Missouri (EUA), elas estão ajudando cães que sofreram maus tratos a perderem o medo e a interagirem com os humanos através da leitura de um pequeno livrinho.
A iniciativa do abrigo Shelter Buddies Reading Program pretende com isso livrá-los de traumas profundos e encaminhá-los para a adoção.
“Nós queríamos ajudar nossos cachorros tímidos e medrosos sem forçar a interação física com eles, e observar o efeito positivo que isso poderia ter”, explicou Job Klepacki, diretor do programa ao site The Dodo“Ouvir uma criança ler pode realmente confortar esses animais. “É incrível a resposta que temos visto nos animais”, completa.
Antes de conhecerem os animais, as crianças participam de um programa de treinamento de 10 horas e só depois se sentam em frente do canil de algum cão para fazer a leitura.

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Todas as imagens: Missouri Humane Society

Conheça os playgrounds mais incríveis do mundo

Separamos uma lista com alguns dos parques mais incríveis do mundo. Tem opção para todos os gostos: parques mais lúdicos, mais radicais, temáticos… Confira a lista:
Formiga Gigante
Este playground fica dentro de um parque florestal, antiga reserva de caça, na Dinamarca. O principal brinquedo é uma escultura de formiga gigante, com 8 metros de  altura.
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No Reino Unido, este playground horizontal é uma enorme gaiola de metal, com plataformas internas onde até 30 crianças podem brincar ao mesmo tempo.   
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Torre de brincarNa Áustria, o espaço cria a sensação de estar flutuando, por conta da vista e do tipo de brinquedo.
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City MuseumNos EUA, esta um parque infantil no meio da cidade. Lá, há uma casa na árvore gigante e um escorregador em espiral, além dos aviões onde as crianças podem entrar.
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Woods of NetNo Japão, este parque é uma enorme e colorida rede, onde as crianças podem subir, pular, sair, como se estivessem em uma teia.
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GulliverNa Espanha, este parque recria a passagem famosa do livro “As Viagens de Gulliver”. É possível subir no brinquedo, e entrar dentro.
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Seja em playgrounds como esses, em parques, praias, praças, espaços para a brincadeira certamente não faltam. O segredo é oportunizar a ida das crianças a esses locais, especialmente aqueles ao ar livre, e deixá-las brincar e se divertir!

Parece que o bebê regrediu. Será que não está se desenvolvendo bem?

O desenvolvimento é marcado por períodos de regressão. Quais seriam alguns desses momentos? Como lidar com eles?
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É comum que os pais se questionem sobre o desenvolvimento do bebê e identifiquem momentos ou mesmo situações em que parecem que os pequenos regrediram. Será que é assim mesmo? E isso é ruim?
O pediatra e psiquiatra americano, Joshua D. Sparrow*,  afirmou que o desenvolvimento infantil é marcado por momentos de regressão. De acordo com ele: “As crianças, antes de conquistarem algo grande como engatinhar, andar ou falar, passam por fases bem complicadas mesmo, de regressão temporária. Essas fases começam ainda dentro do útero e vão até os seis anos de idade, mais ou menos.” Essa afirmação se baseia numa pesquisa realizada por outro pediatra, Thomas Berry Brazelton*, que durante 50 anos observou cerca de 25 mil crianças. 
De acordo com esses especialistas, um dos primeiros momentos críticos de regressão pode ocorrer com o bebê, de 4, 5 meses de vida. Ele começa a enxergar mais longe e passa a se distrair com facilidade, pois está “descobrindo o mundo”, o que tende a dificultar sua alimentação.  Outro momento ocorre entre os 9 e os 13 meses, quando o desejo de engatinhar e de andar deixa os bebês tão excitados que o período de sono se reduz. Por vezes, até durante a noite os bebês acordam, para praticar esses movimentos. As dicas, nesse caso, são para insistir na introdução de alimentos novos – no caso de bebês que não se alimentam apenas de leite materno (pode-se demorar de 10 a 15 vezes para que o bebê aceite o novo sabor) – e ainda propor que eles participem da refeição podendo segurar uma colher nas mãos ou mesmo experimentar os alimentos com a própria mão. E, quando o sono está alterado, a sugestão é tentar acalmar o bebê no próprio berço, sempre com músicas e conversas num tom de voz tranquilo e seguro. Dr. Sparrow sugere evitar duas atitudes nesses casos: forçar o alimento na boca do bebê e levá-lo para dormir na cama junto aos pais.
Quando questionado sobre a importância de estimular a criança, o Dr. Sparrow disse preferir indicar “uma interação sensível e responsável” do adulto com a criança, na qual a observação do comportamento dessa possa dar pistas daquilo em que ela já pode avançar. Como sugestões dessa interação, conversar, cantar, brincar e ler para a criança, da forma mais natural possível e contribuindo para sua autonomia!
* Trabalha com o Dr. Thomas Berry Brazelton responsável por criar uma escala para avaliar a qualidade de respostas de recém-nascidos a estímulos visuais, auditivos e motores. Sparrow dirige, hoje, o Brazelton Touchpoints Center, ligado ao Boston Children’s Hospital.

CRIANÇAS CRIAM PROPOSTAS PARA FAZER DA CIDADE UM LUGAR MELHOR

O que é? O Jaê é um projeto que ouviu as sugestões, críticas e desejos das crianças têm sobre cidade de São Paulo. As atividades foram realizadas em 18 telecentros e nove praças com wi-fi livre e registradas em programas de rádio com a participação de mais de 300 crianças e adolescentes de idade entre 6 e 18 anos.
Olhar e imaginar a cidade
“Precisa ter espaço para brincar em lugares onde não há ruas e pessoas que andem de carro. Também precisava de quadras para os meninos brincarem de bola.” Esse é Gustavo, 11 anos, morador da Cohab Taipas, bairro da zona norte de São Paulo. Ele foi uma das crianças que participaram da oficina de rádio no telecentro Érico Veríssimo, promovida pelo Jaê, um projeto que trabalha com os desejos e percepções das crianças sobre a cidade. Além das oficinas, também foram feitas audições em praças com wi-fi livre em encontros para compartilhar e discutir aquilo que foi produzido nos telecentros
No telecentro da biblioteca Helena Silveira, as crianças criaram propostas para construir a cidade que elas desejam, como um “canto de saúde” e um sistema de compartilhamento de bicicletas gratuito. “Tudo é público, tudo é simples, nada de gastar muito dinheiro”, explica Bruno, 10 anos. As oficinas foram realizadas semanalmente e os encontros nas praças quinzenalmente.
O projeto Jaê foi criado pelo Cala a Boca Já Morreu e selecionado pelo edital Redes e Ruas da Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a de Direitos Humanos e Serviços. Desde 1995 a associação sem fins lucrativos busca criar oportunidades para democratizar o acesso aos meios de produção de comunicação. Além de ouvir como os desejos dos jovens para a cidade, eles também ouviram críticas aos equipamentos municipais.

Crianças mapeando os equipamentos públicos de Cohab de Taipas, zona norte de São Paulo
Crianças mapeando os equipamentos públicos de Cohab de Taipas, zona norte de São Paulo
Leonardo, também 11 anos, acha que o posto de saúde de Aricanduva podia atender melhor à comunidade. “Qualquer pessoa que fica doente vai lá e tem poucos médicos, poucos remédios. Sempre tem que comprar remédio porque nunca tem remédio”, critica. No levantamento dos temas mais citados pelas crianças e adolescentes, as palavras professor, médico, escola e parque aparecem com destaque.
As oficinas seguiam um roteiro que começa com o mapeamento dos equipamentos de saúde, educação, moradia, transporte, lazer e segurança feito com base nas relações das crianças com esses lugares. Depois disso, elas identificam a partir do mapa o que elas gostam ou não e elaboram propostas para a cidade. Os programas de rádio produzidos nos telecentros e praças estão disponíveis para streaming e download na página do Jaê.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Jovem com paralisia cerebral passa no exame da OAB


Sempre vai ter quem nos diga que algo é impossível e sempre vai ter quem nos prove que nada supera o esforço e dedicação para se alcançar um sonho.
Desde seu nascimento, em 14 de setembro de 1991, a pernambucana Melissa Campello desafia prognósticos, tendo médicos ditos que ela viveria como um “vegetal”.
Após um parto difícil e prematuro ao lado de sua irmã gêmea, Mel viveu ano após ano e venceu o bullying, a falta de acessibilidade para cadeirante e os comentários preconceituosos sobre sua paralisia cerebral.
Mas a maior conquista dela estava por vir. Este ano ela passou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com uma uma nota de 8.6 no 18° Exame de Ordem Unificado.
“Achei a prova fácil. Durante o teste, ainda podia usar mais uma hora, mas acabei antes”, explicou em entrevista ao Só Notícia Boa.
Durante o curso – Mel formou-se em direito pela Faculdade Guararapes no ano passado – ela chegou a escutar de professores: “Você já fez muito concluindo o curso de direito”, como se a aprovação na OAB fosse algo inalcançável.
Como Mel não consegue escrever, ela utiliza um computador que a escuta e trasncreve o que fala. No dia da prova uma fiscal fez esse papel. “A ajuda de minha professora Schanmkypou Bezerra foi fundamental”, disse.
“Minha filha é uma gladiadora, uma guerreira, fortaleza, exemplo de coragem para muita gente que fica inventando desculpas para não seguir crescendo”, elogia a mãe.
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Site indica quais estabelecimentos obedecem a normas de acessibilidade

Segundo estimativa do IBGE, cerca de 45 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, o que corresponde à 23,9% da população do país
Praia de Natal com cadeirante em cadeira adaptada ao lazer à beira mar

Com o intuito de ampliar a comunicação e as informações a respeito da acessibilidade de estabelecimentos e destinos turísticos brasileiros, o Ministério do Turismo acaba de disponibilizar as versões em inglês e espanhol do Guia do Turismo AcessívelSite externo., site colaborativo onde os internautas podem avaliar a acessibilidade de hotéis, restaurantes e atrações diversas. Faltando apenas 200 dias para a abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o guia será uma importante ferramenta para atletas e visitantes que estarão no país para participar do maior evento esportivo do mundo.
Até o momento, o site obteve mais de 440 mil acessos e 700 avaliações. Por tratar-se de um guia colaborativo, quanto maior o número de avaliações, mais completo será. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 45 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, o que corresponde à 23,9% da população do país.
“Essa é uma ferramenta extremamente importante para atender as demandas por informações sobre a acessibilidade de empreendimentos e atrações turísticas, possibilitando a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida a  exercer o seu direito de viajar por todo o Brasil, com autonomia”, ressaltou a Coordenadora de Apoio à Comercialização do Ministério do Turismo, Rafaela Lehmann.
Além do site www.turismoacessivel.gov.brSite externo. o Guia Turismo Acessível também está disponível por meio de aplicativos para dispositivos móveis, que podem ser baixados gratuitamente na loja da  Windows Phone, Apple Store  e  Google Play.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, o projeto Ortorio - instalado na Praia da Ponta Negra -, e organizado por uma empresa local, permite que pessoas com deficiência usem equipamentos como cadeiras anfíbias e pranchas de surf adaptadas em encontros mensais. A partir de março, a iniciativa mudará para a Praia do Cotovelo onde, segundo os organizadores, o espaço é mais adequado para as pessoas com deficiência.
Já em Copacabana, no Rio de Janeiro, o projeto Praia Para Todos oferece atividades adaptadas aos diferentes tipos de deficiência, além de eventos como desfile de fantasias e luau específicos para este público. O Praia Para Todos já realizou cerca de 3,5 mil atendimentos diretos e 15 mil indiretos.
Outro atrativo turístico carioca que pode ser apreciado pelo turista com deficiência é o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a estrutura física do prédio é totalmente adaptada, além de oferecer visitas mediadas por libras. Em 2015, o projeto CCBB Educativo atendeu mais de 5,6 mil pessoas com deficiência. Os interessados podem entrar em contato por meio do telefone (21) 3808-2070.
Para os amantes da natureza também existem importantes opções de turismo acessível no Brasil. Em Bonito, no Mato Grosso do Sul, guias especializados conhecem opções de trilhas e mergulhos que podem ser desfrutadas por pessoas com deficiência.
PROGRAMA –  O Guia faz parte do Programa Turismo Acessível, do Ministério do Turismo, que conta com ações voltadas para a promoção da inclusão social e o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida à atividade turística com segurança e autonomia. Outra ação do Programa Turismo Acessível é a produção de guias de bolso com informações gerais e dicas práticas sobre como bem receber e atender turistas com deficiência.
O material de bolso será disponibilizado por meio das secretarias estaduais de turismo nos próximos meses. A ideia é sensibilizar e orientar gestores e profissionais de turismo que trabalham direta e indiretamente com o público.

Include Day, evento para pessoas com deficiência que atuam em TI, acontece em março

O evento acontecerá simultaneamente nas cidades de Campinas e Belo Horizonte
Ícone que representa uma tela de computador, em fundo verde.
No dia 12 de março, acontece a 3ª edição do Include Day da CI&T, que tem como objetivo criar aplicações voltadas para a melhoria da qualidade de vida de cidadãos, pessoas com deficiência e que tenham formação ou experiência na área de tecnologia.
O evento acontecerá simultaneamente nas cidades de Campinas e Belo Horizonte. Os interessados em participar podem fazer o cadastro gratuito até o próximo dia 4 de março, no sitehttp://vempra.ciandt.comSite externo.. A dica é escolher a localidade e garantir a vaga, porque são limitadas.
A 3ª edição do Include Day da CI&T vai propor o desafio de criação de uma rede social conectada a um dispositivo produzido em impressora 3D, por meio da qual os cidadãos podem fazer um alerta sobre algum risco iminente em sua região. Para isso, a CI&T criará ambientes de testes nas duas localidades (Campinas e BH), onde os participantes do Include Day poderão contribuir para o desenvolvimento e tornar esse projeto realidade.
“O Include Day é a chance de engajar pessoas com deficiência e apaixonadas por tecnologia num desafio onde podem mostrar seu talento e participar de um universo empenhado em transformar o mundo”, destacou Marília Honório, gerente de engajamento e contratações da CI&T. “O hackathon também nos ajuda a identificar novos talentos, pois temos a oportunidade de ver os participantes com a mão na massa, praticando programação ou testando as aplicações. Aqueles que se destacam podem ser futuramente contratados”, completou.
Para participar da 3ª edição do Include Day da CI&T, é preciso ter idade mínima de 18 anos, ensino médio completo, formação técnica ou superior na área de tecnologia (completa ou em andamento), interesse em teste ou programação de software, noção de lógica de programação e vontade de aprender.
Mais informações estão disponíveis no site oficial do evento.
Serviço
3ª edição do Include Day da CI&T
Dia: 12 de março de 2016
Horário: Das 8h30 às 13h00
Local em Campinas: Sede da CI&T, R. Dr. Ricardo Benetton Martins, s/n – acesso pela Rodovia SP-340 Km 118,5 – Pólis de Tecnologia – Prédio 23B – Telefone: (19) 2102 4500
Local em Belo Horizonte, Escritório da CI&T, Av. dos Andradas, 3.000 – 2º andar (Boulevard Corporate Tower) – Santa Efigênia – Telefone (31) 3029-2600.
​Inscrições: http://vempra.ciandt.comSite externo.
Site: includeday.ciandt.comSite externo.

Incentivar os filhos a participar de competições esportivas é saudável?


A felicidade da Laura e da Ana Clara está estampada no sorriso e no olhar de cada uma. E  elas têm toda razão em estar radiantes.
Mas será que o incentivo à competição no esporte pode prejudicar de alguma maneira seu filho? Como a competição nos esportes impacta os estudos e a aprendizagem?
O incentivo à prática de um esporte, por si só, é um dos maiores presentes que um pai poderia dar a um filho. A prática esportiva tem alto impacto positivo no envolvimento do aluno com os estudos.
Muitos pais, porém, ficam com receio de que seus filhos sintam-se frustrados quando não vencem e também preocupados em deixar que o foco em vencer sempre acabe prejudicando a criança.

Nossa dica aos pais é que relaxem e aproveitem cada fase do desenvolvimento que vem com a prática de um esporte. O que não pode faltar é o incentivo para que seu filho busque ser melhor do que ele mesmo, ensinando assim o conceito de persistência e superação.
O grande desafio é colocar as competições como oportunidade para o filho mostrar a si próprio o quanto se desenvolveu ou o que ainda tem a melhorar.
A competição no esporte deve ser encarada como oportunidade de auto avaliação. E aí está um excelente ponto para relacionar com os estudos. As provas da escola têm este mesmo objetivo: que o aluno possa perceber como está evoluindo e em que pontos precisa se esforçar mais. O esporte passa a ser então uma maneira para que seu filho enxergue e reaja de forma diferente ao período de provas escolares.

E as medalhas, como ficam neste contexto? Elas são a representação material de um esforço sendo recompensado. Isso não significa que as crianças que não receberam medalhas não se esforçaram. E vai ser excelente ajudar seu filho a compreender isso: em todos os aspectos de nossa vida há regras que, quando combinadas antes e entendidas por todos, ajudam a encarar melhor os desafios. Dentro do esporte que ele pratica, provavelmente a regra é que os três que tiverem menor tempo ou melhor desempenho receberão a medalha. Ou algo desse tipo.
Você pode aproveitar para explicar que seu filho pode decidir se quer competir por uma medalha ou somente para participar com seus amigos e melhorar seu desempenho anterior.

E voltamos então ao contexto escolar: seu filho não precisa ter a melhor nota da sala. Seu envolvimento será maior na medida que aprende a gostar de desafiar a si próprio, em busca de conhecimentos e competências que a escola ajuda a desenvolver.

Nos casos em que ele ficar entre as colocações que receberam medalha, comemore. Encha o peito de orgulho, mas na fala com ele reforce o quanto ele foi melhor do que nos treinos ou nas competições anteriores: ou seja, foco no desafio de superar a si próprio.

Assim também nos momentos em que ele voltar para casa com a nota das provas e boletim escolar. É um excelente investimento de tempo conversar sobre pontos em que ele melhorou e ouvir dele como acha que pode melhorar nas próximas avaliações.

E, nesse caso – das notas da escola, a recompensa pode ser definida por vocês, juntos. Passeios divertidos, cinema, brincadeira ao ar livre, tempo juntos sem fazer nada equivalem a medalha de ouro para nossos filhos!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A carta emocionante de uma aluna com membro amputado para o seu melhor professor de Educação Física

A carta de uma aluna para o seu “melhor professor de Educação Física”, como ela mesma diz, é capaz de emocionar todo professor que ama sua paixão: ensinar. Mas não só ensinar, acolher também. Afinal, foi isso o que fez esse professor. Ele permitiu que ela desfrutasse das aulas dentro da sua limitações.
Leia a carta na íntegra:

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De zika a rubéola: as doenças que podem causar más-formações em fetos

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Image captionMicrocefalia pode ser provocada por outras doenças infecciosas
Não é só o zika vírus que pode trazer complicações para o bebê se a mãe for infectada durante a gravidez. Outras doenças podem provocar problemas na formação do feto, sobretudo se adquiridas pela mulher nos três primeiros meses de gestação.
Rubéola, toxoplasmose, sífilis e infecções causadas pelo citomegalovírus são as principais causas conhecidas de más-formações fetais – entre elas a microcefalia, quando o bebê nasce com o diâmetro da cabeça igual ou inferior a 32 centímetros.
A rigor, no entanto, muitas infecções consideradas banais, como a gripe, podem, ainda que raramente, acarretar problemas para o embrião. Sem falar em outras condições, como o uso de drogas e o consumo excessivo de álcool, ou mesmo a exposição à radiação. E há também as causas genéticas: alterações no cromossomo que podem provocar danos cerebrais.
"A microcefalia pode ocorrer sempre que houver uma lesão cerebral significativa na fase de crescimento acelerado do cérebro, não é um problema específico de uma doença ou condição", explica o chefe da neuropediatria da Unifesp, Luiz Celso Vilanova. "Essa fase de crescimento é crucial nos primeiros três meses de gestação, mas se estende ainda por meses após o parto."
Até a constatação da relação entre o zika e o nascimento de bebês com microcefalia, o grande temor das grávidas sempre foi a rubéola. A infecção durante a gravidez pode causar diferentes tipos de má-formação fetal. Problemas de audição, de visão, doenças ósseas, alterações cardíacas e microcefalia são algumas das complicações decorrentes da infecção na gestante.
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Vacina fez diminuir ocorrência de rubéola e, consequentemente, casos de microcefalia associados a ela
Mas a vacina existe e já está, inclusive, disponível no calendário regular de vacinação, o que vem fazendo diminuir muito a ocorrência da doença. O problema tende a se tornar cada vez mais raro, como aconteceu com o sarampo.
"Houve uma época em que havia enfermarias só para casos de sarampo", lembra o pediatra e infectologista Paulo Cesar Guimarães, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis. "Hoje, isso não existe mais."
O sarampo também era uma das doenças que causava problemas aos fetos, mas, agora, com a vacinação em massa da população, deixou de ser uma ameaça. Eventualmente, com a interrupção da vacinação por algum motivo, o risco pode retornar – daí a importância de se seguir à risca o calendário de vacinas, alertam os especialistas.
Uma infecção para a qual não há vacina e com a qual as grávidas devem tomar cuidados é a toxoplasmose. A doença é causada por um protozoário que pode estar presente nas fezes de felinos e também em carnes malpassadas. Em geral se trata de uma febre branda.
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Image captionFezes de felinos podem transmitir toxoplasmose
"Normalmente é uma doença simples, que passa despercebida", explica o obstetra e ginecologista Alex Sandro Rolland de Souza, especialista em medicina fetal do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), um dos centros de referência para microcefalia de Recife. "Na gravidez, no entanto, pode causar más-formações cerebrais no feto, entre elas a microcefalia."
Existe tratamento para a toxoplasmose e, se a doença for diagnosticada rapidamente, o risco de acarretar problemas para o feto diminui muito.
Outras infecções que podem gerar problemas são aquelas causadas por citomegalovírus. Embora a infecção em si não seja grave, em geral apenas uma febre branda, as consequências para o feto podem ser sérias, sobretudo porque não há tratamento para a doença. No feto em formação essas infecções podem causar alterações no sangue, problemas de audição, microcefalia.
As grávidas também devem estar alertas para a sífilis. A doença, causada por uma bactéria, é sexualmente transmissível. Antigamente, quando não havia penicilina, representava um grande problema de saúde. Hoje, continua sendo considerada uma doença grave, porém tratável. No entanto, se acometer grávidas, pode trazer complicações de formação fetal, sobretudo anomalias ósseas.
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Image captionSegundo especialistas, período crítico da gestação é o primeiro trimestre
De acordo com os médicos, cada uma dessas doenças ou condições que podem acometer as grávidas promovem alterações de formação relativamente similares.
Mas há particularidades dependendo de cada caso. Por exemplo, a rubéola é a única a provocar complicações cardíacas, enquanto que no caso da toxoplasmose, as complicações costumam ser mais oculares. A má-formação do crânio pode ocorrer em decorrência de todas elas, também com algumas peculiaridades.
"As infecções pelo citomegalovírus costumam provocar os danos mais extensos, mas isso pode variar muito", afirma Vilanova. "E sempre há casos de apresentações não usuais."
Para o chefe da neuropediatria da Unifesp, ainda é cedo para falar de características específicas dos casos de microcefalia relacionados ao vírus zika.
"Temos ainda poucos casos comprovados cientificamente da relação entre o zika e a microcefalia para tirarmos um padrão conclusivo", diz ele. "Por enquanto, há muitos casos inferidos (em que a mãe relata ter tido um problema cujos sintomas são similares aos do zika, mas sem comprovação por teste). Estamos na fase inicial do problema e querer tirar conclusões definitivas é muito precoce."
Um fator que conta muito para a extensão da lesão, no entanto, é o momento em que a gestante contrai a doença. Os especialistas concordam que o período mais crítico da gestação é o primeiro trimestre. Os primeiros três meses da gravidez equivalem ao período em que os principais órgãos e sistemas do embrião estão se formando e qualquer agente externo pode ter um impacto grave neste processo.
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Image captionGrávidas devem evitar comer carne malpassada, por exemplo
"De maneira geral, podemos dizer que quanto mais precoce (na gravidez) for a ocorrência da doença, mais graves são as repercussões que podem ser causadas no feto", explicou Rolland de Souza.
Em estágios mais avançados da gravidez – e, sobretudo, no final –, a repercussão tende a ser muito branda ou mesmo nula.
A prevenção desses problemas, obviamente, varia. A mulher deve sempre estar vacinada para as doenças cujos imunizantes estão disponíveis. Deve se prevenir de picadas de mosquitos, usando repelente ou andando mais coberta. Deve evitar a ingestão de carne malpassada e o contato com fezes de gato, no caso da toxoplasmose. E deve evitar locais fechados com muita aglomeração de pessoas – ambiente propício para o citomegalovírus e outros vírus mais comuns.
"Mas, claro, sempre existe um risco", diz Luiz Celso Vilanova.
Rolland de Souza lembra ainda que embora a dengue e a chikungunya sejam também febres causadas por um arbovírus, como a zika, nunca se estabeleceu nenhuma relação entre a infecção por essas doenças e o nascimento de bebês com problemas de formação.
"E a dengue, como é uma doença mais grave, que pode levar à morte, é muito mais estudada, há muito mais tempo, e em várias partes do mundo", acrescenta Paulo Cesar Guimarães. "E nunca nada neste sentido foi constatado."
Rolland de Souza lembra, no entanto, que entre as gestantes que contraíram dengue ou chikungunya se nota uma taxa maior de partos prematuros. E, portanto, as gestantes devem estar atentas ao problema.
Fonte: BBC